O drama de Alexis Lorenti, de 23 anos, viralizou nas redes sociais desde segunda-feira (16). Internada no UCI Medical Center, em Orange, Califórnia, devido a fortes dores de cabeça causadas por uma doença rara, a jovem foi obrigada a atualizar seu cartão vacinal e recebeu três injeções simultaneamente, o que desencadeou uma reação severa.
Em janeiro deste ano, Alexis foi diagnosticada com Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), uma doença que provoca a destruição prematura das células sanguíneas, resultando em complicações como anemia e coágulos sanguíneos.
Segundo seu relato, após receber uma transfusão de sangue necessária para sua condição, a especialista solicitou a administração simultânea das vacinas de tétano, meningite e pneumonia. Cerca de 10 minutos após, a moça começou a apresentar manchas azul-escuras no rosto e pescoço.
Desde então, ela está na Unidade de Terapia Intensiva. Embora sua condição esteja estável, houve uma piora com o inchaço da testa e das pálpebras.
Vídeos nas redes sociais
Alexis tem compartilhado atualizações sobre sua saúde em suas redes sociais, mobilizando médicos e enfermeiros de outras unidades para ajudá-la.
A paciente contou ter recebido duas injeções de vacina no braço esquerdo e uma no direito: “Não consigo mover meus braços nem levantá-los, especialmente o meu braço direito”, descreveu.
Em um vídeo postado no TikTok, Alexis disse que as vacinas foram administradas após o procedimento de transfusão de sangue.
“Eu recebi transfusões de sangue”, contou. “Minha hemoglobina subiu para cerca de 7 ou 8 e eles estavam prontos para me liberar, mas não fazia sentido porque eu ainda estava tendo sintomas muito graves da PNH e não achava que estava pronta para ir para casa.”
“A especialista que estava supervisionando minha doença ordenou que eu tomasse algumas vacinas para receber o tratamento para PNH”, afirmou. “Vi alguém comentar que isso aconteceu [a reação] depois que deram várias vacinas que não deveriam ter sido misturadas.”
Ela também acusa a equipe médica de ter ignorado a piora de seus sintomas: “A icterícia está se instalando porque parte da PNH é a falência hepática, mas eles não estão me ouvindo”.
A jovem explicou que, por motivos religiosos, estas foram as primeiras vacinas que recebeu desde a infância.
“Eu nunca tomei uma vacina na minha vida”, revelou. “Minha família e eu tendemos a não nos vacinar devido a crenças religiosas. Nós somos cristãos. Eu nunca recebi uma vacina além das que tomei quando era bebê.”
Até o momento, o UCI Medical Center não se pronunciou sobre o caso. O perfil de contato da médica Zahara Pakbaz, que supostamente exigiu a administração das três vacinas simultâneas, foi retirado dos canais de busca na internet.
Em um de seus vídeos mais recentes no Instagram, Alexis marcou e pediu ajuda aos candidatos rivais à presidência: o ex-presidente Donald Trump (Republicano) e a atual vice-presidente Kamala Harris (Democrata).
Natural da Flórida, estado localizado no outro lado do país, Alexis está acompanhada da irmã.
Seu pai, Todd Lorenze, que cruzou o país para também ficar ao lado da filha, afirma que, desde que a história foi compartilhada nas redes sociais, o hospital a transferiu para um quarto pequeno, sem uma cama para sua irmã acompanhar os seus cuidados.
A família espera conseguir a transferência de Alexis para outro hospital ainda nesta quarta-feira (18).