Investimentos recuaram 3% em julho, aponta Ipea

Máquinas e equipamentos lideram queda, enquanto construção civil tem leve alta

Por Matheus de Andrade
19/09/2024 12:32 Atualizado: 19/09/2024 12:32

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou na quarta-feira (18) os dados de julho referentes à Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Segundo o indicador, houve uma retração de 3,0% nos investimentos em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal. No entanto, o trimestre móvel encerrado em julho registrou crescimento de 1,3%.

O setor de máquinas e equipamentos teve uma queda significativa de 7,0% em julho. Esse resultado se deve principalmente à redução na produção nacional, que caiu 11,0%, e nas importações, que recuaram 7,8%. Apesar dessa queda, o trimestre móvel registrou crescimento de 4,9%.

Em comparação com julho de 2023, o setor apresentou alta de 21,8%, mostrando uma recuperação frente ao ano anterior.

No setor de construção civil, os investimentos subiram 0,4% em julho. Esse aumento ocorreu após uma expansão de 3,4% em junho. No trimestre móvel, o setor cresceu 2,2%, e no acumulado de doze meses, houve alta de 1,3%.

Esses números indicam uma leve recuperação no setor, que é crucial para o desenvolvimento da infraestrutura no país.

Já o segmento de outros ativos fixos apresentou queda de 1,7% em julho, após uma alta de 0,8% em junho. No acumulado de doze meses, esse setor recuou 6,0%, refletindo uma dificuldade de recuperação.

Impacto dos dados na economia e na vida das pessoas

Os dados do FBCF são importantes para entender o nível de investimentos no país. Esses investimentos afetam diretamente a economia e a vida das pessoas.

A queda nos investimentos em máquinas e equipamentos pode indicar desaceleração na modernização industrial, afetando a economia com menor criação de empregos, redução de competitividade e menor eficiência, o que pode limitar o crescimento econômico visto que diminui a produtividade.

No setor de construção civil, o crescimento do setor pode significar novas obras, como moradias, estradas e escolas. Apesar disso, o crescimento ainda é tímido, apenas 0,4%.

Já a queda nos investimentos em outros ativos fixos preocupa. Esse setor inclui áreas como telecomunicações e transportes, que são essenciais para o desenvolvimento tecnológico do país. A falta de investimentos pode prejudicar a inovação e a modernização de serviços, afetando a competitividade do Brasil nesses segmentos.