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Pilar Calveiro

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Pilar Calveiro
Pilar Calveiro
Nascimento 7 de setembro de 1953 (71 anos)
Buenos Aires
Residência México
Cidadania Argentina
Alma mater
Ocupação cientista política

Pilar Calveiro (nascida em 7 de setembro de 1953) é uma cientista política argentina, doutora em ciências políticas. Reside no México . Ela foi exilada naquele país após ter sido sequestrada na Escola de Mecânica de Suboficiais da Marinha (ESMA) durante a ditadura militar nos anos 1970. Em sua pesquisa, ela fez importantes contribuições para a análise do biopoder e da violência política, bem como da história recente e da memória da repressão argentina. Seu trabalho foi publicado no México, Argentina, Brasil e França. Ela é professora pesquisadora na Benemérita Universidad Autónoma de Puebla. Suas publicações incluem Poder y desaparición, los campos de concentración en Argentina e Desapariciones, memoria y desmemoria de los campos de desaparición argentinos .[1]

Pilar Calveiro nasceu em Buenos Aires em 7 de setembro de 1953. Ela estudou no Colégio Nacional de Buenos Aires e começou a estudar sociologia na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires. Foi militante das Forças Armadas Revolucionárias (FAR) e depois dos Montoneros .[2]

Em 7 de maio de 1977, foi sequestrada por um militar da Aeronáutica no meio da rua e levada para o presídio clandestino Mansión Seré, em Ituzaingó . Também esteve presa na delegacia de Castelar e na Escola de Mecânica de Suboficiais da Marinha (ESMA).[3]

Ela se exilou na Espanha em 1978 e depois no México, país no qual vive desde 1979. Lá ela estudou ciências políticas na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), onde obteve seu bacharelado (1986), mestrado (1995) e doutorado (2001) nessa disciplina.

Poder y desaparición

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Poder y desaparición: Los campos de concentración en Argentina (Poder e Desaparecimento: Os Campos de Concentração na Argentina) é a obra mais referenciada de Calveiro. Escrita no marco de sua dissertação de mestrado e publicada pela primeira vez em Buenos Aires em 1998, a obra baseia-se em depoimentos de sobreviventes de diferentes campos de tortura e concentração da ditadura militar argentina (1976-1983). Calveiro reflete sobre os conceitos políticos subjacentes a essas práticas, entrelaçando sua experiência pessoal nessa narrativa mais ampla.[4]

Pilar Calveiro ficou viúva em 1980, quando seu marido, Horacio Domingo Campiglia, foi preso no Brasil por militares do 601º Batalhão do Exército Argentino, que o deslocaram para território argentino e depois "desapareceram" com ele, no contexto da Operação Condor.[5][6] Ela é mãe de duas filhas, Mercedes e María Campiglia.

Em 2014, recebeu o Diploma de Mérito do Prêmio Konex como uma das mais importantes escritoras de ensaios políticos e sociológicos da Argentina na década.[7]

Referências

  1. «Poder y desaparición. Los campos de concentración en Argentina» (em espanhol). El Ortiba. Consultado em 2 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 29 de junho de 2017 
  2. «La Fede, la juventud comunista que dio cuadros a la guerrilla y también a Menem» [The Fede, the Communist Youth Who Gave Shelter to the Guerrillas and Also to Menem]. Clarín (em espanhol). 2 de agosto de 2009. Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  3. Moreno, María. «Fisuras del poder» [Fissures of Power]. Página/12 (em espanhol). Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  4. Bruschtein, Luis. «¿Por que Pilar Calveiro?» [Why Pilar Calveiro?]. Página/12 (em espanhol). Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  5. Fernández Meijide, Graciela (1 de junho de 2013). Eran humanos, no héroes (em espanhol). [S.l.]: Penguin Random House. ISBN 9789500743600. Consultado em 2 de janeiro de 2018 – via Google Books 
  6. «Un teniente coronel domiciliado en Paraná reveló que asesinó a 53 detenidos en los vuelos de la muerte y que ejecutó a varios jefes montoneros». Análisis (em espanhol) 
  7. «Pilar Calveiro» (em espanhol). Konex Foundation. Consultado em 2 de janeiro de 2018