Pietro Ostini
Pietro Ostini | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Prefeito da Sagrada Congregação para o Concílio Pró-Prefeito da Sagrada Congregação de Indulgências e Sagradas Relíquias | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Roma |
Serviço pastoral | Sagrada Congregação para o Concílio |
Nomeação | 2 de maio de 1847 |
Predecessor | Paolo Polidori |
Sucessor | Angelo Mai |
Mandato | 1847-1849 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 3 de março de 1798 |
Ordenação episcopal | 12 de agosto de 1827 Santa Maria della Pace por Giacomo Giustiniani |
Nomeado arcebispo | 9 de abril de 1827 |
Cardinalato | |
Criação | 30 de setembro de 1831 (in pectore) 11 de julho de 1836 (revelado) por Papa Gregório XVI |
Ordem | Cardeal-presbítero (1836-1846) Cardeal-bispo (1843-1849) |
Título | São Clemente (1836-1846) Albano (1843-1849) |
Brasão | |
Dados pessoais | |
Nascimento | Roma 27 de abril de 1775 |
Morte | Nápoles 4 de março de 1849 (73 anos) |
Nacionalidade | italiano |
Funções exercidas | -Internúncio apostólico na Áustria (1824-1826) -Núncio apostólico na Suíça (1827-1829) -Internúncio apostólico no Brasil (1829-1832) -Núncio apostólico na Áustria (1832-1836) -Arcebispo ad personam de Jesi (1836-1841) -Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares (1842-1847) |
Títulos anteriores | -Arcebispo titular de Tarso (1827-1836) |
Sepultado | Catedral de Nápoles |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Pietro Ostini (Roma, 27 de abril de 1775 - Nápoles, 4 de março de 1849) foi um diplomata e cardeal italiano da Igreja Católica, prefeito da Sagrada Congregação para o Concílio.
Vida inicial e presbiterado
[editar | editar código-fonte]Estudou no Pontifício Seminário Romano, no Collegio Romano (doutorado em teologia, 1796) e na Pontifícia Academia dos Nobres Eclesiásticos (diplomacia), sempre em Roma.[1]
Foi ordenado padre em 3 de março de 1798.[1][2] Foi professor temporário de matemática e professor de história eclesiástica no Collegio Romano por muitos anos. Membro da Pia União Sacerdotal de São Paulo Apóstolo, foi confessor e pregador, animador de obras de caridade e círculos espirituais, além de ter trabalhado na conversão do pintor Johann Friedirch Ovebeck no Domingo de Ramos de 1813; foi professor e conselheiro de numerosos prelados, teólogo de vários cardeais romanos, às vésperas da Restauração Papal, ele era uma personalidade influente da Roma sacerdotal. Censor emérito do Archgymnasium de Roma. Professor de teologia na Pontifícia Academia dos Nobres Eclesiásticos, após a restauração do governo papal em Roma, 28 de novembro de 1814. Examinador do clero romano, a partir de 13 de julho de 1816. Entrou ao serviço da Cúria Romana e foi nomeado relator do Sagrada Congregação do Índex antes de 29 de janeiro de 1817; depois, em 30 de janeiro de 1820, seu consultor. Foi também Consultor da Sagrada Congregação de Assuntos Eclesiásticos Extraordinários, a partir de 6 de maio de 1817.[1][3]
Em 4 de julho de 1818, foi nomeado Consultor da Sagrada Congregação da Propaganda Fide. Foi Qualificador da Sagrada Congregação da Inquisição Romana e Universal antes de 27 de março de 1819. Membro da Accademia della Religione Cattolica, em 9 de abril de 1820. Em 1823, o Papa Pio VII o nomeou vigário apostólico no Chile, mas ele recusou por causa da oposição de seu irmão e outros parentes. Foi nomeado internúncio apostólico na Áustria em 4 de fevereiro de 1824, onde permaneceu até novembro de 1826. Foi Camareiro particular supranumerário de Sua Santidade a partir de 11 de maio de 1824. Foi nomeado núncio apostólico na Suíça em 30 de janeiro de 1827.[1][3]
Episcopado e nunciatura
[editar | editar código-fonte]Foi nomeado pelo Papa Leão XII como arcebispo titular de Tarso em 9 de abril de 1827, sendo consagrado em 12 de agosto, na Igreja de Santa Maria della Pace em Roma, pelo cardeal Giacomo Giustiniani, arcebispo-bispo de Ímola, assistido por Giovanni Giacomo Sinibaldi, presidente da Pontifícia Academia Eclesiástica e por Ignazio Giovanni Cadolini, bispo de Cervia.[1][2]
Foi nomeado como o primeiro internúncio apostólico exclusivo no Brasil em 17 de julho de 1829.[2][4] Em 23 de fevereiro daquele ano a Santa Sé havia reconhecido o Império do Brasil, que se tornara independente de Portugal em 1822, mas Leão XII já em fevereiro de 1826 havia proposto o cargo de representante pontifício no Brasil a Gaspare del Bufalo, que no entanto, com a intervenção de Belisario Cristaldi e Giovanni Marchetti, secretário da Congregação dos Bispos e Regulares, conseguiu ser dispensado deste cargo. O internúncio, que residia no Rio de Janeiro, até a ereção da internunciatura da Colômbia, também tinha as faculdades de delegado apostólico in universis Americae meridionalis et mexicanibus regionibus, excluindo as Antilhas.[3]
Ostini recebeu indicações precisas sobre as áreas de seu trabalho: enquadrar a situação política em que a nação se encontrava, interessar-se pelo problema da sucessão no Reino de Portugal e resolver os problemas da jurisdição eclesiástica sobre as antigas colônias espanholas. De fato, já como internúncio em Viena, a partir de 1826, ele teve um papel importante na abertura de uma nunciatura no Brasil, como comprova sua correspondência com António Teles da Silva Caminha e Meneses, Marquês de Resende, ministro brasileiro em Viena.[3]
Cardinalato
[editar | editar código-fonte]Foi criado cardeal in pectore no consistório de 30 de setembro de 1831, enquanto ainda estava no Brasil.[1][2][3] Em 2 de setembro de 1832 voltou a Viena como núncio apostólico: durante esse período teve que lidar, entre outras coisas, com as negociações para a revisão da legislação matrimonial, uma questão de disputa entre a Áustria e a Santa Sé.[1][2][3]
Foi revelado como cardeal no consistório de 11 de julho de 1836, na mesma data em que foi nnomeado como Arcebispo ad personam de Jesi e recebeu o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Clemente em 21 de novembro do mesmo ano.[1][2][3]
Renunciou ao governo da diocese em 19 de dezembro de 1841. Foi nomeado Prefeito da Sagrada Congregação dos Bispos e Regulares, cargo exercido de 25 de janeiro de 1842 a 2 de maio de 1847. Optou pela ordem dos cardeais-bispos, recebendo a sé suburbicária de Albano em 3 de abril de 1843.[1][2]
Tornou-se Prefeito da Sagrada Congregação para o Concílio, de 2 de maio de 1847 até sua morte. Protetor da Ordem Cisterciense a partir de 15 de março de 1847. Foi membro da Comissão para a Reforma das Instituições dos Estados Pontifícios, em 12 de fevereiro de 1848. Pró-prefeito da Sagrada Congregação de Indulgências e Sagradas Relíquias, de 21 de setembro de 1848 até 5 de março de 1849. Durante a República Romana, ele seguiu o Papa Pio IX no exílio em Gaeta em novembro de 1848.[1][2][3]
Morreu em 5 de março de 1849 em Nápoles, devido às consequências de um acidente ocorrido durante uma visita à frota inglesa ancorada no porto. Foi sepultado na Catedral de Nápoles.[1][3]
Conclaves
[editar | editar código-fonte]- Conclave de 1846 - participou da eleição do Papa Pio IX
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Accioly, Hildebrando Pompeo Pinto (1949). Os primeiros núncios no Brasil. Col: Coleção Tropico. vol. 2. São Paulo: Instituto Progresso Editorial
- Pásztor, Ludwig (1968). La Congregazione degli Affari Ecclesiastici Straordinari tra il 1814 e il 1850. Col: Archivium Historiae Pontificiae. vol. VI. [S.l.: s.n.]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
- «OSTINI, Pietro» (em italiano). Carlotta Benedetti - Dizionario Biografico degli Italiani - Volume 79 (2013)