Miguel de Vasconcelos
Miguel de Vasconcelos | |
---|---|
Retrato imaginado de Miguel de Vasconcelos, século XIX | |
Político(a) de Portugal | |
Período | Secretário de Estado, 1635 - 1640 |
Antecessor(a) | Filipe de Mesquita |
Sucessor(a) | Francisco de Lucena |
Dados pessoais | |
Nascimento | c. 1590 |
Morte | 1 de dezembro de 1640 (50 anos) |
Assinatura |
Miguel de Vasconcelos e Brito (c. 1590[1] — 1 de Dezembro de 1640), Senhor do Morgado da Fonte Boa,[2] foi um político português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Miguel de Vasconcellos e Brito era filho do Dr. Pedro Barbosa de Luna, famoso jurisconsulto e Lente da Universidade de Coimbra, e de sua mulher D. Antónia de Melo e Vasconcelos ou de Vasconcelos e Brito, Senhora do Morgado de Serzedelo, de Alvarenga e do Morgado da Fonte Boa, e irmão de D. Frei Pedro Barbosa de Eça e de Mariana de Luna.[3]
Desempenhou, no Reino de Portugal, os cargos de Escrivão da Fazenda[4] e de secretário de Estado (primeiro-ministro) de Margarida de Sabóia, duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei D. Filipe III (Filipe IV de Espanha) e valido do conde duque de Olivares.[4] O povo tinha-lhe ódio por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Tinha alcançado, da corte castelhana de Madrid, plenos poderes para aplicar em Portugal pesados impostos, que deram origem à revolta das Alterações de Évora (Revolta do Manuelinho) e motins em outras terras do Alentejo. Foi a primeira vítima do golpe de estado do 1.º de Dezembro de 1640. Depois de morto, foi arremessado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço, pelos conjurados.
Morte
[editar | editar código-fonte]Depois de entrarem no palácio, os conspiradores procuraram Miguel Vasconcelos, mas dele nem sinal. Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro — e nada.
Acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e fechou-se lá dentro com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. O escondido, ao remexer-se para mudar de posição, provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que descarregou sobre o mesmo todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades. O cadáver permaneceu no mesmo local para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.
Precedido por Filipe de Mesquita |
Secretário de Estado de Portugal 1635 - 1640 |
Sucedido por Francisco de Lucena |
Referências
- ↑ Mas alguns chegam a achar que foi por volta de 1610.
- ↑ «Morgadio dos Pantoja, por Gentil Cesário e Luísa Gomes (CMSC), pág. 10, nota 35» (PDF). Consultado em 6 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 8 de dezembro de 2014
- ↑ Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume
- ↑ a b D. Miguel de Vasconcelos, Lisboa, 1590 ∞ ib. 1640, RevelarLX
- Nascidos em 1590
- Mortos em 1640
- Homens
- Portugueses de ascendência espanhola
- Políticos de Portugal do tempo da monarquia
- Secretários de Estado do Reino de Portugal
- Personagens da Restauração de Portugal
- Políticos portugueses assassinados
- Pessoas executadas por defenestração
- Portugueses executados
- História da União Ibérica