Manuel José Gomes Loureiro
Manuel José Gomes Loureiro | |
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Nascimento | século XVIII Braga |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | escritor |
Manuel José Gomes Loureiro (Vila Nova de Famalicão, Sezures – 8 de Maio de 1855) foi um jurista e magistrado português, que foi Juiz de Fora em várias Colónias Portuguesas.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Depois da sua Formatura em Leis e Filosofia pela Faculdade de Leis e pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a 5 de Julho de 1792[2], foi nomeado e despachado Juiz de Fora de Alcoutim, a 29 de Maio de 1794, donde passou para Ouvidor e também nomeado Juiz da Alfândega e Provedor "dos defuntos e ausentes"[4] em Moçambique, em 1798,[2] e, depois, nomeado como Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Goa, em 1801 ou 1802, sendo, também, nomeado para servir na Índia de Ouvidor Geral do Cível, Procurador da Coroa e Fazenda, Juiz dos Feitos da Santa Casa da Misericórdia, Procurador do Fisco, Juiz da Alfândega, um dos Claviculários dos Cofres da Sucessão, Secretário e Conselheiro do Governo e, interinamente, de Chanceler, durante a sua estadia ali.[5]
Mudou-se para o Brasil com a vinda da Família Real Portuguesa, nomeado em 1809 ou 1810 como Juiz Desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação do Brasil, retornando para a Índia em 1812 como Chanceler do Tribunal da Relação de Goa.[2][5]
Em 1821, após as agitações em Portugal, o 1.° Conde do Rio Pardo é deposto e assume em seu lugar uma Junta, formada pelos Marechais Joaquim Manuel Correia da Silva e Gama e Manuel Godinho de Mira, Gonçalo de Magalhães Teixeira Pinto e Manuel Duarte Leitão.[6][7]
Voltando ao Reino, desempenhou outros cargos e chegou a Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Em 1826, passa a servir no Conselho do Ultramar.[2][5]
Escreveu:[5]
- Memorias dos estabelecimentos Portuguezes a l'Este do Cabo da Boa Esperança", Lisboa, 1835[5] sobre os regimentos das Colónias Portuguesas no Oriente[2]
- Aditamento às Memorias dos estabelecimentos Portuguezes a l'Este do Cabo da Boa Esperança, em que se referem algumas particularidades de Macau, Lisboa, 1836[5]
Referências
- ↑ «Juiz de fora em Alcoutim»
- ↑ a b c d e f Manoel José Gomes Loureiro (1835). Memorias dos estabelecimentos Portuguezes a l'Este do Cabo da Boa Esperança. [S.l.]: Typographia de Filippe Nery. pp. 459–462
- ↑ Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 15. 495-6
- ↑ Este era o nome do cargo para o qual foi provido
- ↑ a b c d e f Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 15. 496
- ↑ José Joaquim Lopes de Lima, Francisco Maria Bordalo (1862). Ensaios sobre a statistica das possessões portuguezas na Africa occidental e oriental; na Asia occidental; na China, e na Oceania. escriptos. [S.l.]: Imprensa Nacional. p. 127
- ↑ Manoel José Gabriel Saldanha (1990). História de Goa: História política 2.ª ed. [S.l.]: Asian Educational Services. ISBN 9788120605909
Precedido por Diogo de Sousa, conde de Rio Pardo |
Junta Provisional do Governo do Estado da Índia Portuguesa com Manuel Godinho de Mira, Joaquim Manuel Correia da Silva e Gama, Gonçalo de Magalhães Teixeira Pinto e Manuel Duarte Leitão 1821 |
Sucedido por Junta Provisional do Governo do Estado da Índia: Manuel Maria Gonçalves Zarco da Câmara, Frei de São Tomás de Aquino, António José de Melo Sotomaior Teles, João Carlos Leal e António José de Lima Leitão |
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