Luciano Cordeiro
Luciano Cordeiro | |
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Nascimento | 21 de julho de 1844 Mirandela |
Morte | 24 de dezembro de 1900 (56 anos) Encarnação (Lisboa) |
Nacionalidade | Portugal |
Parentesco | José Maria Cordeiro |
Ocupação | Escritor, historiador, político e geógrafo |
Magnum opus | As questões coloniais |
Luciano Baptista Cordeiro de Sousa (Mirandela, 21 de Julho de 1844 — Lisboa, 24 de Dezembro de 1900)[1] foi um escritor, historiador, político e geógrafo português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Vida pessoal e educação
[editar | editar código-fonte]Faleceu no dia 24 de dezembro de 1900.[2]
Fez os seus primeiros estudos no Funchal, Ilha da Madeira, onde se fixou com a família. Licenciado em Letras em 1867, tornou-se professor de Filosofia e Literatura no Colégio Militar de 1871 a 1874.
Carreira profissional
[editar | editar código-fonte]Foi director temporário do periódico Revolução de Setembro em 1869. Em 1875 fez parte da comissão encarregada do projecto de reforma do ensino artístico e formação dos museus nacionais. Fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa[2], em 1876, desenvolveu neste âmbito uma extensa actividade. Desempenhou cargos governativos ligados ao ensino. Fundou a Revista de Portugal e Brasil e o jornal Comércio de Lisboa. Colaborou na revista literária República das Letras [3] (1875), dirigida por João Penha, de que saíram três números, e também na Revista de Estudos Livres [4] (1883-1886) dirigida por Teófilo Braga e ainda na revista de arqueologia A Arte Portuguesa [5] (1895) e no Jornal dos Cegos [6] (1895-1920). Era filiado no Partido Regenerador e foi deputado pelo círculo de Mogadouro na legislatura de 1882-1884 e pelo de Leiria em 1884.
Foi um administrador, em nome do governo, da Companhia dos Caminhos de Ferro da Zambézia, até à sua morte, tendo sido substituído neste posto pelo seu irmão, José Maria Cordeiro.[2] Deve-se-lhe o impulso à propaganda africanista e ao movimento colonialista. Notabilizou-se pela acérrima defesa dos interesses de Portugal em África tendo ficado célebre a sua actuação quer no Congresso de Geografia Colonial que se realizou em Paris em 1878 quer na Conferência de Berlim em 1884. A sua extensa acção editorial conta com obras publicadas no campo da crítica literária, da história, das questões coloniais, da economia e da política.
Obras
[editar | editar código-fonte]- As Obras dos Jeronymos (eBook)
- Inscripções portuguezas (eBook)
- O Thesouro do Rei Fernando (eBook)
- Batalhas da Índia - como se perdeu Ormuz (1896) - A publicação desta obra, ilustrada com desenhos e vinhetas de João Vaz, foi patrocinada pela Comissão Executiva do Centenário da Índia.[7]
Referências
- ↑ «Luciano Cordeiro» (PDF). Separata do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Câmara Municipal de Mirandela. 1981. Consultado em 7 de outubro de 2010. Arquivado do original (pdf) em 8 de agosto de 2010
- ↑ a b c «Há 50 anos: Luciano Cordeiro». Gazeta dos Caminhos de Ferro. 63 (1513). 482 páginas. 1 de Janeiro de 1951
- ↑ Helena Roldão (22 de janeiro de 2015). «Ficha histórica:A republica das letras : periodico mensal de litteratura (1875)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 7 de março de 2015
- ↑ Pedro Mesquita (22 de outubro de 2013). «Ficha histórica: Revista de estudos livres (1883-1886)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de abril de 2015
- ↑ Helena Roldão (17 de maio de 2016). «Ficha histórica:A arte portuguesa: revista de arqueologia e arte moderna(1895)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 30 de maio de 2017
- ↑ Alda Anastácio. «Ficha histórica: Jornal dos cegos (1895-1920)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de fevereiro de 2017
- ↑ Gazeta dos Caminhos de Ferro n.º 1633 (1 de Janeiro de 1956), pág. 34.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Obras de Luciano Cordeiro na Biblioteca Nacional de Portugal