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Betty Mindlin

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Betty Mindlin
Betty Mindlin
Nascimento 31 de março de 1942
São Paulo
Cidadania Brasil
Progenitores
Alma mater
Ocupação antropóloga, escritora
Distinções

Betty Mindlin (São Paulo, 31 de março de 1942) é uma antropóloga, etnóloga, pesquisadora, escritora brasileira e professora visitante do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP). Desenvolve pesquisas sobre direitos, demarcação de terras indígenas e educação indígena. Além de pesquisas sobre direito reprodutivo, saúde, diversidade cultural e grandes projetos e ambientes.

Betty Mindlin é filha do bibliófilo José Mindlin. Foi casada com Celso Lafer, ministro das Relações Exteriores. Mãe de Manuel Mindlin Lafer (músico, médico e pesquisador de vacinas aplicadas em comunidades indígenas do Parque do Xingu) e de Inês Mindlin Lafer (psicóloga).  

Graduada em Economia, em 1963, pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

Foi docente da mesma instituição entre os anos de 1964 e 1969. Concluiu o mestrado na Cornell University, Estados Unidos, em 1967.

Em 1979, Betty realizou pesquisas com os indígenas do povo Suruí (que se autodenominam paiter, que significa gente ou nós mesmos) que habitam a região central de Rondônia. Realizou pesquisas de campo apoiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Eaesp-FGV), onde foi docente. Como pesquisadora pôde observar as mudanças que marcaram a cidade de Rondônia e que foram resultadas do crescente fluxo migratório, do impacto de grandes empresas e de relações entre os indígenas e grupos urbanos. Especialista nas questões indígenas, destacou a necessidade do cumprimento de direitos e a importância das lutas para a demarcação de Terras Indígenas.[1]

Doutorou-se em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1984). Sua tese de doutorado foi sobre os Suruí, um trabalho que levou à publicação de Nós, Paiter (1985).

Realizou estágio de Pós-doutorado na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (1989).

Especializou-se em estudos sobre a cultura indígena, em especial mitos e outras tradições.[2]

Realizações

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Sobre sua pesquisa com os Suruí disse, em entrevista:[3]

Foi agraciada em 2002 comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico.[4]

São de sua autoria Moqueca de maridos (1997) e Tuparis e tarupás (1994).

Livros e coletâneas
  • Crônicas despidas e vestidas. São Paulo: Contextos, 2017.
  • O ventre emplumado e outros relatos de viagem. São Paulo: Edição da Autora, 2016.
  • Moqueca de maridos, mitos eróticos indígenas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.
  • Olívia e os índios. São Paulo: Scipione, 2014.
  • Vozes da origem. Rio de Janeiro: Record, 2007.
  • Diários da Floresta. São Paulo: Editora Ática, 2006.
  • Mitos indígenas. São Paulo: Editora Ática, 2006.
  • Relatos eróticos indígenas. Barcelona: El aleph, 2005.
  • A questão do índio. São Paulo: Editora Ática, 2004.
  • Barbecued Hasbands and other stories from the amazon. Londres: Biddles Ltd, 2002.
  • O primeiro homem e outros mitos dos índios do brasileiros. Sâo Paulo: Cosac& Naify, 2001.
  • Couro dos Espíritos:Namoro, pajés e cura entre os Índios Gavião-Ikolen de Rondônia. São Paulo: Editora Senac e Terceiro Nome, 2001.
  • Terra Grávida. São Paulo: Editora Rosa dos Ventos/Record, 1999.
  • Vozes de Origem. São Paulo: Editora Ática/IAMA, 1996.
  • Unwritten Stories of the Suruí Indians os Rondônia. Austin - Texas: Universidade de Austin, 1995.
  • Tuparis e Tarupás: narrativas dos Índios Tuparis de Rondônia. São Paulo: EDUSP/IAMÁ/Brasiliense, 1993.
  • Environment, poverty and Indians. Amsterdam: Novib, 1991.
  • A questão do Índio. São Paulo: Brasiliense, 1989.
  • Nós Paiter: Os Surui de Rondônia. Petrópolis: Editora Vozes, 1985.
  • Planejamento no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 1970.[5]
  • 1998 — Prêmio de Literatura, APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte.
  • 2002 — Prêmio Érico Vannucci Mendes, Marta Vannucci/SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência/Ministério da Cultura/CNPq. O prêmio recebido pelo conjunto de sua obra reconhece a importância de suas análises da cultura indígena brasileira.[1]

Referências

  1. a b Melo, Andre Chaves de (30 de junho de 2002). «Um prêmio para Betty e para os índios. Antropóloga que pesquisa a cultura indígena desde a década de 70 recebe em julho o Prêmio Érico Vannucci Mendes, durante reunião da SBPC em Goiânia.». Jornal da USP. Consultado em 27 de Julho de 2022 
  2. «Betty Mindlin — IEA». www.iea.usp.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2018 
  3. «Betty Mindlin lança "Diários da Floresta" - Terra - Cultura». terramagazine.terra.com.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2018 
  4. «Ministério da Cultura - 48 escritores representarão o Brasil no Salão do Livro de Paris 2015 - Notícias Destaques». www.cultura.gov.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2018 
  5. Mindlin, Betty (8 de julho de 2022). «CV Lattes». Plataforma Lattes, CNPq. Consultado em 27 de julho de 2022 
  6. Wikipédia (18 de junho de 2022). «Lista de agraciados na Ordem Nacional do Mérito Científico». Wikipédia. Consultado em 28 de julho de 2022