Cajapió
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | cajapioense | |
Localização | ||
Localização de Cajapió no Maranhão | ||
Localização de Cajapió no Brasil | ||
Mapa de Cajapió | ||
Coordenadas | 2° 52′ 51″ S, 44° 40′ 30″ O | |
País | Brasil | |
Unidade federativa | Maranhão | |
Municípios limítrofes | São Vicente Ferrer, Bacurituba, São João Batista. | |
Distância até a capital | 68 km | |
História | ||
Fundação | 11 de maio de 1876 (148 anos) | |
Administração | ||
Prefeito(a) | Marcone Pinheiro Marques[1] (UNIÃO [2], 2021–2024) | |
Características geográficas | ||
Área total [3] | 908,721 km² | |
População total (IBGE/2010[4]) | 10 632 hab. | |
Densidade | 11,7 hab./km² | |
Clima | Não disponível | |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2000[5]) | 0,562 — baixo | |
PIB (IBGE/2008[6]) | R$ 25 167,877 mil | |
PIB per capita (IBGE/2008[6]) | R$ 2 448,48 |
Cajapió é um município do estado do Maranhão, no Brasil. Localiza-se na Baixada Maranhense, no Norte do estado. Sua população é de 10 632 habitantes (censo IBGE 2010).
Etimologia
[editar | editar código-fonte]- "Cajapió" é uma palavra Tupi-guarani que significa fruto maduro ou fruto dourado. Conforme registro no dicionário de Tupi apresentado pelo professor e pesquisador [[Mosart Rogério Soares]]. O vocativo foi registrado pelo pesquisador no dicionário aberto de Tupi-Guarani[1]
Em sua tese intitulada 'Discurso pela Origem do Nome', o professor Mosart Soares, explica de forma didática a etimologia do nome Cajapió, deste modo:
"O substantivo 'Cajá' é o fruto da cajazeira (o) e 'Pió' é um vocativo com equivalência ao adjetivo 'Maduro', 'Dourado' ou 'Amarelo'. Também adquire conotações de 'advérbio', sentido de muito ou bastante."
No trecho abaixo, retirado de sua tese intitulada 'Discurso pela origem do nome,' o professor apresenta exemplificações práticas e de ordem didática para melhor compreensão do nome Cajapió, no contexto de sua remota povoação, estabelecendo-se como marco o século XVIII, quando aparece o registro do nome com a atual grafia.
"O lado leste da cidade possuía ampla abundância de Pés de Cajá."
Em sua tese, Mosart Soares propõe a seguinte explanação didático-pedagógica:
"[...] Quando o índio olhava para o leste da cidade ele percebia a abundância de pés de cajá, daí poderia empregar o sentido adverbial do termo 'Pió'. - Dizia que ali havia um 'cajapió'. Ou seja, uma grande quantidade de cajá. Logo o sentido tem equivalência adverbial em Língua Portuguesa."
"Mas também o 'Pió' designava que o fruto, seja da cajazeira ou não, estava maduro; amarelo, dourado. Aí o sentido é impregnado de adjetivação como em Português."
O professor ainda explica o decaimento observado na palavra a partir da evolução natural da língua por novos falantes, que deu origem ao nome Cajapió na forma 'falada' e grafada deste o século XVIII, precisamente no ano de 1730, quando Cajapió figura em registros de concessão de terras no Maranhão, já com sua 'corruptela linguística atual.
Ele explica:
"O 'pió' é uma corruptela da língua Tupi e vem do termo original 'piog' que perdeu-se no tempo em vários termos em Tupi. Jamais podendo ser confundido com o termo 'PIOR', que é advérbio em Língua Portuguesa. E que tem o sentido de mal ou ruim".
Mosart Soares afirma ainda: "O Cajá de Cajapió é etimológico. Ou seja, amarelo, maduro, dourado, -- Da cor do ouro! O Cajá de ouro. Nunca foi o 'Pior'; de mal ou ruim.
Paleontologia 'Itapeussauros' e escolha do nome
[editar | editar código-fonte]No litoral do município de Cajapió, foi descoberto o terceiro dinossauro do Maranhão do Período Cretáceo, em 2019. Nomeado em homenagem a cidade, o Itapeuasaurus cajapioensis, pertence aos Diplodocoidea, que são dinossauros herbívoros, com pescoços e caudas alongadas. O Itapeuasaurus alcançava cerca de 10-12 metros de comprimento e viveu aproximadamente 90 milhões de anos atrás no litoral maranhense, onde estava se formando uma das primeiras florestas tropicais do Brasil, com a aparição das primeiras plantas com flores.[7] Convivia ao lado de outro diplocodeano, o Rayosossaurus agrionensis e também do Oxalaia quilombensis, o maior carnívoro terrestre que já existiu no Brasil.[8]
O professor [[Manuel Alfredo Araújo Medeiros]] Chefe do Departamento de Paleontologia da UFMA, na altura da descoberta, foi contatado por um grupo de pesquisadores locais, o HISPEDABIOTEC, com o fito de oficializar a suspeita de que se tratava de um fóssil de dinossauro.
O grupo zelou pelo achado, protegendo o fóssil por meios legais, com orientação do Departamento de Paleontologia; e participando do processo de remoção junto aos pesquisadores da UFMA.
Após as pesquisas in loco e, uma vez constatado que era um novo espécime, Manuel Alfredo Medeiros, concedeu o privilégio para escolha do nome. O professor Mosart Rogério Soares, pesquisador local, optou por 'Itapeussauros Cajapioensis'. De forma a garantir que a praia do Itapéua, local do achado e o município de Cajapió pudessem ganhar espaço na paleontologia mundial.
Referências
- ↑ «Candidatos a vereador Cajapió-MA». Estadão. Consultado em 2 de maio de 2021
- ↑ «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Itapeuasaurus». dinossauros-e-afins. Consultado em 7 de dezembro de 2023
- ↑ «Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PR2». posgraduacao.ufrj.br. Consultado em 7 de dezembro de 2023