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Croatá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Croatá (desambiguação).

Croatá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Croatá
Bandeira
Brasão de armas de Croatá
Brasão de armas
Hino
Gentílico croataense
Localização
Localização de Croatá no Ceará
Localização de Croatá no Ceará
Localização de Croatá no Ceará
Croatá está localizado em: Brasil
Croatá
Localização de Croatá no Brasil
Mapa
Mapa de Croatá
Coordenadas 4° 24′ 00″ S, 40° 54′ 39″ O
País Brasil
Unidade federativa Ceará
Municípios limítrofes Norte: Guaraciaba do Norte; Sul: Ipueiras; Leste: Guaraciaba do Norte, Ipu e Ipueiras; Oeste: estado do Piauí
Distância até a capital 352 km
História
Fundação 3 de maio de 1988 (36 anos)
Administração
Prefeito(a) Ronilson Oliveira (MDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 700,356 km²
População total (estimativa IBGE/2016[2]) 17 802 hab.
Densidade 25,4 hab./km²
Clima Tropical subúmido
Altitude 571 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,557 baixo
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 67 623,912 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 745,02

Croatá é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na Microrregião da Ibiapaba, Mesorregião do Noroeste Cearense. Sua população segundo o Censo de 2022 é de 17 481 habitantes.

Croatá, planta que dá nome ao município

O topônimo Croatá vem do tupi e pode significar:

  • caruá: cará (espinhento); (talo, caule) e atá (forte, duro), significando talo com espinhos;
  • Para Von Martius, croatá é uma contração de caragoatá: caranhe (arranhar) e oatá (o que anda por causa dos espinhos), significando erva que arranha o viajante;[5]
  • Para Teodoro Fernandes Sampaio deriva o termo de carauá-tá, traduzindo-o como o o carauá duro.

O topônimo Croatá é uma alusão à planta silvestre da família das bromélias, também chamada gravatá, coroatá, caruá, coroá, crauá, croá, caroá, que é abundante na região e que tem diversas utilidades. Das folhas retira-se fibra sedosa que serve para fazer cordas, linhas de pesca, capacho e até alimento.

Sua denominação original era Croatá, depois Presidente Kennedy (alterado pela lei estadual nº 6570, de 18 de setembro de 1963) e, desde 1965, novamente Croatá (alterado pela lei estadual nº 8339, de 14 de dezembro de 1965).[6]

As terras da serra dos Cocos, localizado no lado sul da Chapada da Ibiapaba, na divisa com as terras do sertão de Crateús, era habitados por nações indígenas como os tupis(tabajaras, tupinambás) e tapuias (calabaças, cararijus, cariris, inhamuns, karatis, jaburus, javanbés).[7][8][9][10]

Ao redor da primitiva capela de Nossa Senhora das Dores, desenvolveu-se o atual centro urbano, que se emancipou do Inhussu.

A elevação do povoado a categoria de vila ocorreu segundo a lei n° 2.677, de agosto de 1929, e a de município conforme lei n° 8.339, de 14 de dezembro de 1965, antes de ser instalado e restaurado na forma da lei n° 11.430, de 28 de abril de 1988.

Tropical quente semiárido com pluviometria média de 610 mm [11] com chuvas concentradas de janeiro a abril.[12]

Hidrografia e recursos hídricos

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As principais fontes de água fazem parte da bacia do rio Parnaíba, sendo elas o rio Inhussu, os riachos Cana Brava, Canindé Grande, Cruz, Macambira e São Roque e outros tantos. Existem ainda açudes de grande porte, mas destaca-se a Logoas das Mercês[13][14].

Relevo e solo

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O município de Croatá está situado na Chapada da Ibiapaba e seu relevo apresenta um leve declínio para o lado do estado do Piauí. As principais elevações possuem altitudes com até 800 metros acima do nível do mar, atingindo o ápice no Morro do Pico.[15]

A vegetação da região de Croatá faz parte da flora da Chapada da Ibiapaba, com predominância da uma vegetação arbustiva densa, de caules finos (carrasco). No leste do de Croatá encontra-se a mata úmida, serrana (floresta subperenifólia tropical plúvio-nebular).[15]

O município é dividido em oito distritos: Croatá (sede), Barra do Sotero, Betânia, Santa Tereza, Repartição, Lagoa da Cruz, Vista Alegre, e São Roque.[16]

Aspectos socioeconômicos

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A maior concentração populacional encontra-se na zona rural. A sede do município dispõe de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, serviço telefônico, agência de correios e telégrafos, serviço bancário, hospitais, hotéis e ensino de 1° e 2° graus.[13]

A partir de Fortaleza o acesso ao município pode ser feito por via terrestre através da rodovia Fortaleza/Tianguá BR 222, seguindo depois estrada estadual (CE-187) que passa Ubajara, Ibiapina, São Benedito e Guaraciaba do Norte. As demais vilas, lugarejos, sítios e fazendas são acessíveis (com franco acesso durante todo o ano) através de estradas estaduais, asfaltadas ou carroçáveis[17]..[18]

A economia local é baseada na agricultura (café, banana, cana-de-açúcar, mandioca e feijão); na pecuária (bovinos, suínos e avícola).[19]

O turismo também é uma das fontes de renda, devido ao clima ameno.

Os principais eventos culturais são:

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. Ceará » Croatá Estimativa populacional 2016 IBGE - 26 de novembro de 2016
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. http://www.institutodoceara.org.br/Rev-apresentacao/RevPorAno/1887/1887-VocabularioIndigenaemusonaProvinciaCeara.pdf Arquivado em 21 de outubro de 2007, no Wayback Machine. Página 274
  6. «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 10 de fevereiro de 2010 [ligação inativa]
  7. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ott
  8. Aragão, R. B, Indios do Ceará e Topônimios indiígens, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
  9. Sebok. Lou, Atlases published in the Netherlands in the rare atlas collection. Compiled and edited by Lou Seboek. National Map Collection (Canada), Ottawa. 1974
  10. Aragão, R. B, Índios do Ceará e Topônimios Índigenas, Fortaleza, Barraca do Escritor Cearense. 1994
  11. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos - FUNCEME.
  12. Instituto nacional de Pesquisa espacial - INPE.
  13. a b «Página do CPRM». Consultado em 10 de fevereiro de 2010 
  14. «Atlas do Ceará». Consultado em 10 de fevereiro de 2010 
  15. a b «Página do CPRM». 10. Consultado em 10 de fevereiro de 2010 
  16. «Página do IBGE» (PDF). Consultado em 10 de fevereiro de 2010 
  17. «DER Departamento de Edificações e Rodovias». Consultado em 2 de Abril de 2010 
  18. «Página do DER». Consultado em 10 de fevereiro de 2010 
  19. «Página do Ceará». 2000. Consultado em 10 de fevereiro de 2010 

Ligações externas

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