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O Processo do Rei

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O Processo do Rei
Portugal Portugal  França
1990 •  cor •  91 min 
Género drama histórico
Direção João Mário Grilo
Produção Paulo Branco
Roteiro João Mário Grilo
Daniel Arasse
Colin Thiele
Elenco Carlos Daniel
Aurelle Doazan
Antonino Solmer
Música Jorge Matta
Cinematografia Eduardo Serra
Lançamento 19 de janeiro de 1990
Idioma português

O Processo do Rei é um filme português de 1990, realizado por João Mário Grilo, com Carlos Daniel, Aurelle Doazan e Antonino Solmer nos principais papéis.[1]

Este filme é uma encenação do processo que levou à destituição do Rei D. Afonso VI.[2]

A obra cinematográfica, com duração de hora e meia, baseia-se no documento histórico do processo de destituição do sobredito monarca, intentado pela sua cônjuge, D.ª Maria Francisca Isabel de Saboia, por causa quer dos seus achaques físicos (era hemiplégico), tendo sido considerado física e mentalmente diminuído; quer por causa da sua propensão para arroubos e desmandos violentos, com episódios escandalosos de rixas, motins e vida desregrada e indigna de um nobre; mas principalmente, por não ter sido capaz de consumar o matrimónio.[3]

Em todo o caso, o filme não se trata dum documentário histórico. Tem por base o documento do processo real, com todas as limitações historiográficas que aquele oferece, sendo certo que tampouco se preocupa por tomar uma posição isenta ou historicamente muito rigorosa no retracto dos factos, embora para certos autores, como Mirian Tavares, não tenha havido uma ficcionalização propositada dos factos para além do necessário.[4]

Referências

  1. Portugal, Rádio e Televisão de. «O Processo do Rei - Filmes - Drama - RTP». www.rtp.pt. Consultado em 30 de março de 2021 
  2. SAPO, O Processo do Rei - SAPO Mag, consultado em 30 de março de 2021 
  3. Tavares, Mirian (2014). A História encenada: O Processo do Rei , de João Mario Grilo, a imagem melancólica de um país. Faro: Universidade do Algarve. doi:10.3989/arbor.2014.766n2010 
  4. Tavares, Mirian (2014). A História encenada: O Processo do Rei , de João Mario Grilo, a imagem melancólica de um país. Faro: Universidade do Algarve. doi:10.3989/arbor.2014.766n2010  «Não há ficcionalização intencional, mesmo que a história seja também ela, uma narrativa sujeita à pena de quem conta (há dois registos deste processo: um contra e outro a favor). Como apresentar um processo e ao mesmo tempo não tomar partido? Como reconstruir o momento histórico sem recriar cenários?»
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