Thrash metal da Bay Area
Você gastou metade do nosso dinheiro com drogas, bebida e putas. Tá fora!
James Hetfield sobre Dave Mustaine
M-mas vocês também fizeram isso!Dave Mustaine
comentário acima
Quero ver vocês batendo cabeça até morrer!
Zetro (Exodus) sobre fãs
O Thrash metal da Bay Area foi um movimento de metaleiros idiotas e fedidos que estavam cansados de ouvir Iron Maiden e Black Sabbath e decidiram fazer um estilo próprio de heavy metal, que ficou conhecido como thrash. Recebeu muitas influências do heavy metal britânico (New Wave of British Heavy Metal) e de algumas bandinhas punk. O nome Bay Area se dá a localidade que dezenas de bandas explodiram, na baía de São Francisco, na Califórnia - EUA. Os nomes que ali surgiram escreveram seus nomes no livro do heavy metal e se consagraram. Podemos citar Exodus, Metallica, Megadeth, Slayer, Testament e Death Angel.
Cronologia[editar]
Em 1980, alguns adolescentes bêbados e cansados de tanto bater punheta decidiram formar uma banda chamada Exodus, que apresentava uma sonoridade extremamente diferente do que se ouvia na época. Mais violenta, mais agressiva, mais voraz, mais rebelde. Como os integrantes eram adolescentes de no máximo 17 anos, era o momento perfeito para extravasar a raiva, cantando sobre matar as meninas que não davam bola pra eles na escola, matar os valentões, matar os professores, matar os próprios pais, matar o diretor da escola, matar os colegas... Eis que o pessoal da região de São Francisco começa a perceber que tem merda acontecendo na área, que um novo movimento de cabeludos que só se vestem de preto e adoradores do Satã (chamados metaleiros) estavam se reunindo em casas de show para ouvir esse tipo de música e bater cabeça um nos outros igual uns retardados. O Exodus era uma banda conhecida por ter shows violentos, onde realmente havia sangue no palco (uma música deles conta isso). O surgimento dessas bandas fez milhares de pais chorarem no banho.
Alguns anos depois, eles abriram para uma banda chamada Merdallica, até então desconhecida (nessa época, pelo menos, eles ainda tocavam thrash...), mas que ganhou bastante notoriedade depois de uns anos. Como naquela época não existia internet, então as pessoas faziam algo inacreditável: conversavam, trocavam correspondência e criavam laços de amizade. E foi assim com as bandas. Os caras do Merdallica conheceram melhor os do Exodus, que davam rolê com os do Testament, que tinha affair com os do Death Angel, e claro, tudo isso regado a muita cerveja e mulher gostosa. Trocavam fitas cassete, ou demo tapes se você fez CNA, com algumas músicas, e nisso, shows eram organizados e atraíam multidões de idiotas metaleiros. Podia imaginar o fedor que ficava nessas casas de show...
Eis que surge uma banda chamada Possessed, dum cadeirante muito gente fina que conseguiu colocar mais peso e agressividade ainda em seu primeiro disco, Sete Chaves, e é considerado por muitos como um trabalho de thrash encaminhado para o death metal. Sabe-se lá qual era o critério que os caras tinham pra isso, mas ok, o que valia era a inovação...
Estava tudo indo perfeitamente bem, porém, aparece um rival: o glam rock. Pseudo-roqueiros que se vestiam com roupas coloridas, maquiavam-se como mulheres e ostentavam cabelos de poodle mal lavado. Era uma viadagem do caralho, e rolou até de fãs do Slayer na época se juntarem e cair no pau com todo mundo num show (dependendo do pau, eles gostavam).
Enquanto muitas tretas rolavam, sangue esguichava, cabeça batia e trocação de piolho pra todo lado, lá no começo dos anos 90 um zé ninguém chamado Chuck Schuldiner estava com uma nova proposta para sua bandinha, o Death, tratando de assuntos como morte, doenças, religião, espiritualidade, morte e satanismo], tudo isso com o peso do thrash metal somado a uma brutalidade incomparável. Nasceu aí o álbum Scream Bloody Gore, obra prima do metal capirotesco.
A cena continuou mais ou menos até 1993, quando o thrash foi perdendo a força para uma desgraça chamada grunge. Nirvana, Pearl Jam, essas porras que estragavam a porra toda e tomavam conta da MTV que só sabiam cantar sobre maconha, sexo e maconha.
No meio dos anos 90, houve um declínio muito grande. Bandas foram trocando de membros (principalmente o Megadeth, que tinha a incrível média de cinco trocas de todos os integrantes por álbum), algumas queriam algo mais comercial (tipo o Metallica), e um show de thrash metal que tinha tudo pra dar certo acabou dando merda porque uma das bandas se atrasou (o motivo alegado: diarreia), e no lugar entrou um tal de Alice in Chains e conquistou a atenção da galerinha... Entretanto, em 2001, um evento de thrash metal (sem palhaçada grunge dessa vez) angariou fundos para o vocalista do Testament e do Death, que estavam passando por gravíssimos problemas de saúde. Infelizmente, Chuck Schuldiner veio a falecer um tempo depois, fazendo jus ao nome de sua banda.
Discos relevantes:
- Merdallica - Beer 'em All
- Merdadeth - Killing is my busines... and Metallica is good!
- Slayer - Heaven Awaits
- Exodus- James Bond
- Death - Scream Bloody Gorete
- Testament - The New Order
Filosofia[editar]
Perguntado uma vez sobre do que se tratava o thrash metal, Steve DiGiorgio, do Sadus, disse: Cara, tudo se trata de beber umas cinco garrafas no fim de semana, comer umas putas e adorar Satã. Tá, às vezes a gente fala sobre guerras e até bruxaria, mas na moral mesmo? Quero é que se foda. A gente toca qualquer merda e a cambada de retardado do outro lado do palco fica se batendo igual umas hienas. É divertido pra caralho...
Claramente ele estava dopado nesse dia. Enfim...
As bandas não tinham muito apreço pelas artes dos álbuns, por exemplo. Os logotipos eram desenhados a mão, ao contrário de bandinhas como Iron Maiden e outras mais endinheiradas que tinham as próprias fontes todas bonitinhas. As letras geralmente eram sobre guerras, morte, violência, antifascismo, guerras, violência, bruxaria, satanismo, guerras e mais violência. Às vezes, cantavam sobre turnês e bebedeira. Quanto mais brutal, melhor, mesmo que a banda tivesse cinco álbuns falando sobre as mesmas merdas coisas.
Os músicos ficavam muito estressados com a turnê. Um dia, Paulo Balofo, do Exodus na época, desabafou:
É ruim pra caralho... a gente fica confinado dentro de um busão apertado, por horas na estrada.... A porra do motorista fica ouvindo Saudade FM, aí não dá. O que a gente comia, se comia, era hambúrguer no McDonald's, e frio ainda por cima. A gente dava sorte quando alguém não vomitava no carpete... caralho... Às vezes eu tenho vontade de me matar. Sou tão gordo que nem caibo direito nessa porra de lata de sardinha, demoro mais pra limpar a bunda do que pra cagar...
Mas esse é o espírito do thrash! Foda-se tudo, amanhã a gente limpa, vamos beber cerveja até morrermos afogados em nosso próprio vômito! Infelizmente, ou não, esse significado foi se perdendo ao longo dos anos. Hoje em dia, a Bay Area ainda apresenta boas bandas, porém, graças a artistas pop malditos que dominam a mídia, elas caem no esquecimento.