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Xabaca

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Xabaca

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M8E10D28M17Y5
N35
N36
>

4º Rei da Dinastia de Napata
do Reino de Cuxe
Xabaca
Estatua de Cabeça de Xabaca
Reinado 716 - 702 a.C.
Antecessor(a) Piiê
Sucessor(a) Xabataca
Morte 702 a.C.
Sepultado em El-Kurru (K 15)
Cônjuge Qalhata
Descendência Tanutamon
Horemakhet

Xabaca[1] (Shabaka, Shabako[2]) foi 3º Faraó da XXV dinastia do Antigo Egito de origem núbia. E foi o 4º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe. Governou entre 716 e 702 a.C.. Já Donald A. Mackenzie, acredita que ele foi o primeiro faraó da dinastia etíope, a XXV dinastia, pois teria sido o primeiro a governar a partir do Egito.[3]

Como o costume da Dinastia Napata de privilegiar a sucessão entre irmão e somente na falta destes passar para a próxima geração. Xabaca sucedeu seu irmão Piiê em 716 a.C.. [2]

Enquanto que o seu antecessor tinha governado a partir da Núbia, Xabaca decidiu governar desde o Egito, a partir de Mênfis. No segundo ano do seu reinado dirige-se ao Delta para terminar com o poder do último representante da XXIV dinastia, Bócoris, que controlava esta região. [2] Xabaca conquistou todo o Egito, obtendo a submissão dos príncipes que governavam o norte do Egito. Possivelmente, é ó rei egípcio Sô, mencionado no Livro dos Reis.[3][4]

Terminada a conquista, o resto do seu reinado seria caracterizado por um clima de paz interna e externa. O Egito não se envolveu em guerras com a Assíria, existindo investigadores que sugerem a assinatura de um tratado de paz com aquela potência. A Síria e a Palestina haviam se tornado províncias assírias, e Xabaca, temendo uma invasão assíria ou querendo adquirir territórios na Síria, fez alianças com alguns dos reis da região, inclusive Oseias de Israel.[3] Oseias, confiando no apoio egípcio, parou de pagar tributo à Assíria, e Sargão II atacou e destruiu o Reino de Israel.[3][4]

Xabaca procurou um regresso às concepções da época do Império Antigo, que se fez sentir sobretudo no campo das artes. O prenome (ou nome de trono) deste faraó foi Nefercaré, nome que tinha sido usado por Pepi II, um dos grandes reis egípcios do Império Antigo. [5] [6]

Ordenou numerosas construções em locais como Atribis, Mênfis, Abidos, Esna, Dendera, Edfu, mas sobretudo em Tebas. Mandou ampliar o templo de Medinet Habu, datado do tempo da XVIII dinastia. [7]

Em Carnaque, restaura o cargo de sumo sacerdote de Amon, colocando o seu filho Horemakhet no cargo. A sua irmã Amenirdis I foi Divina Adoradora de Amon, tendo construído a sua capela funerária no interior do templo de Medinet Habu. [8]

É graças a este faraó que hoje em dia se conhece a chamada "teologia menfita" (as crenças sobre as origens do universo desenvolvidas na cidade de Mênfis). Xabaca terá ordenado que o texto de um papiro em estado de deterioração avançado fosse transposto para um pedra de granito, a Pedra de Xabaca, que se encontra no Museu Britânico de Londres. [2] [9]

Xabaca foi sepultado na pirâmide K 15 em el-Kurru, na Núbia. [10]

Nome de Sa-Rá
Hieroglifo
G39N5
 
<
M8E10D28M17Y5
N35
N36
>
Transliteração Šȝ-bȝ-kȝ mry-Jmn
Transliteração (ASCII) shA-bA-kA mey-jmn
Transcrição Shabaka meryamun
Tradução "Xabaca, amado de Amon."


Nome de Nesut-bity
Hieroglifo
nswt&bity
<
N5F35D28M17Y5
N35
N36
>
Transliteração nfr-kȝ-Rˁ Mry-Jmn
Transliteração (ASCII) nfr-kA-ra mry-jmn
Transcrição Neferka-ra meyamun
Tradução "O Ka de é perfeito. O amado de Amon."



Precedido por
Piiê
Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe

716 - 702 a.C.
Sucedido por
Xabataca
Precedido por
Piiê
3º Faraó da
XXVª Dinastia

716 - 702 a.C.
Sucedido por
Xabataca


Referências

  1. Silva, Alberto da Costa e (2014). A enxada e a lança. [S.l.]: Nova Fronteira, pp. 136-138. ISBN 9788520939475 
  2. a b c d Vaughn, Andrew G.; Killebrew, Ann E. (2003). Jerusalem in Bible and Archaeology: The First Temple Period (em inglês). [S.l.]: Society of Biblical Lit, p. 225. ISBN 9781589830660 
  3. a b c d Donald Alexander Mackenzie , Egyptian Myth and Legend, Chapter XXVIII. Egypt and the Hebrew Monarchy
  4. a b Bíblia livro II dos Reis 17:4
  5. The Libyan Anarchy:. Inscriptions from Egypt's Third Intermediate Period (em inglês). [S.l.]: Society of Biblical Lit, 496. 2009. ISBN 9781589831742 
  6. Thanjan, Davis K. (2011). Pebbles (em inglês). [S.l.]: Bookstand Publishing, p. 68. ISBN 9781589098176 
  7. Pope, Charles N. (2016). Living in Truth:. Archaeology and the Patriarchs: Parts II & III (em inglês). [S.l.]: Domain Of Man, p. 286 
  8. Blyth, Elizabeth (2006). Karnak: Evolution of a Temple (em inglês). [S.l.]: Routledge, p. 194. ISBN 9781134136681 
  9. Najovits, Simson R. (2003). Egypt, Trunk of the Tree,. Vol. I: A Modern Survey of and Ancient Land (em inglês). [S.l.]: Algora Publishing, p 191. ISBN 9780875862347 
  10. Dodson, Aidan (2012). Afterglow of Empire:. Egypt from the Fall of the New Kingdom to the Saite Renaissance (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press, p. 143. ISBN 9789774165313