Saltar para o conteúdo

Quenúbis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quenúbis

O deus egípcio Quenúbis geralmente era representado com cabeça de carneiro.
Nome nativo
W9E10
Local de culto
Cônjuge(s)

Quenúbis (em grego clássico: Χνοῦβις; romaniz.: Chnoûbis), Quenúmis (em grego clássico: Χνοῦμις; romaniz.: Chnoûmis), Quenúfis (em grego clássico: Χνοῦφηις; romaniz.: Chnoûphēis) ou Quenum (em egípcio: 𓎸𓅱𓀭; romaniz.: Khnum, Khnemu) foi uma das primeiras divindades egípcias conhecidas, originalmente o deus da nascente do Nilo.[7]

A adoração de Quenúbis centrava-se em dois centros ribeirinhos, Elefantina e Esna, que eram considerados locais sagrados. Em Elefantina, era adorado com Sátis e Anúquis e em Esna com Menite, Neite e Hecá. Era considerado guardião da nascente do rio Nilo e sua importância suscitou a criação de nomes teofóricos que o homenageavam, como Quenum-Cufu, "Quenúbis é meu Protetor", o nome completo do faraó Quéops.[8] Mendes era o deus equivalente no Baixo Egito[9] e Quenúbis foi relacionado às divindades Mim e Amom.[10]

Descobertas da época do faraó Ramessés II do Reino Novo mostram que Quenúbis ainda era adorado em Elefantina naquele tempo. Em frente a Elefantina, na margem leste de Assuã, Quenúbis, Sátis e Anúquis são mostrados na parede de uma capela que data do Reino Ptolomaico. Em Esna, um templo foi dedicado a Quenúbis, Neite e Hecá. Este templo começou a ser construído no Reino Ptolemaico, mas a maioria das partes sobreviventes do templo foram construídas na época romana.[1] Quenúbis às vezes é descrito como um deus com cabeça de crocodilo. Nebetu e Menite são os principais consortes de Quenúbis e Hecá é seu filho mais velho e sucessor. Tanto Quenúbis quanto Neite são referidos como divindades criadoras nos textos de Esna. É às vezes referido como o "pai dos pais" e Neite como a "mãe das mães". Mais tarde, eles se tornaram pais de , também conhecido como Quenúbis-Rá.[2]

Referências

  1. a b c Wilkinson 2003, p. 194.
  2. a b Bard 1999, p. 349.
  3. Wilkinson 2003, p. 165.
  4. Najovits 2003, p. 102.
  5. Budge 1920, p. 303–304.
  6. Wilkinson 2003, p. 229.
  7. Grieshammer 2006.
  8. Shaw 2000, p. 88.
  9. Pinch 2004, p. 114-115.
  10. Bechtel 1907.
  • Bard, Kathryn (1999). Encyclopedia of the Archaeology of Ancient Egypt. Nova Iorque e Londres: Routledge 
  • Bechtel, F. (1907). «Ammon». The Catholic Encyclopedia. Vol. I. Nova Iorque: Robert Appleton Company 
  • Budge, E. A. Wallis (1920). An Egyptian Hieroglyphic Dictionary with an Index of English Words, King List and Geological List Vol. 1. Londres: John Murray 
  • Grieshammer, Reinhard (2006). «Chnubis». In: Cancik, Hubert; Schneider, Helmuth. Brill’s New Pauly, Antiquity. Leida: Brill 
  • Najovits, Simson R. (2003). Egypt, Trunk of the Tree, Vol. I: A Modern Survey of and Ancient Land. Nova Iorque: Algora Publishing 
  • Pinch, Geraldine (2004). Handbook of Egyptian mythology. Oxônia: Oxford University Press 
  • Shaw, Ian (2000). The Oxford History of Ancient Egypt. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 0-19-280458-8 
  • Wilkinson, Richard H. (2003). The Complete Gods and Goddesses of Ancient Egypt. Londres: Thames & Hudson