Saltar para o conteúdo

Papa Sérgio IV

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sérgio IV
Papa da Igreja Católica
142° Papa da Igreja Católica
Info/Papa
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem de São Bento
Diocese Diocese de Roma
Eleição 31 de julho de 1009
Fim do pontificado 12 de maio de 1012
(2 anos, 286 dias)
Predecessor João XVIII
Sucessor Bento VIII
Ordenação e nomeação
Ordenação episcopal julho de 1010
Cardinalato
Criação 1004
por Papa João XVIII
Ordem Cardeal-bispo
Título Albano
Dados pessoais
Nascimento Roma, Itália
970
Morte Roma, Itália
12 de maio de 1012 (42 anos)
Nacionalidade italiano
Nome de nascimento Pietro Martino Buccaporci
Sepultura Arquibasílica de São João de Latrão
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa Sérgio IV (nascido Pietro Buccaporci: Roma, 970Roma, 12 de Maio de 1012). Foi o bispo de Roma e governante nominal dos Estados papais de 31 de Julho de 1009 até sua morte. Seu poder temporal foi eclipsado pelo patrício João Crescêncios. Sérgio IV pode ter pedido a expulsão dos muçulmanos da Terra Santa, mas isso é contestado.

Pietro Martino Buccaporci nasceu em Roma no bairro "Pina", em data desconhecida, filho de Pedro, o Sapateiro e de Estéfânia.[1] Ele se chamava Pietro Martino Buccaporci, que não era seu nome de nascimento, nem o nome de sua família, mas aparentemente um apelido dado a ele por causa de seus hábitos pessoais.[2]

Em 1004, ele se tornou bispo de Albano.[3][4] Ele foi eleito papa após a abdicação de João XVIII em 1009, e adotou o nome de Sérgio IV.[5]

O poder de Sérgio IV era pouco influente e muitas vezes ofuscado pelo patrício, João Crescêncio, governante da cidade de Roma na época. Com a ajuda de Crescêncio, Sérgio resistiu às tentativas do imperador Otão III de estabelecer o controle sobre Roma. Sérgio IV agiu para aliviar a fome na cidade e isentou vários mosteiros do governo episcopal.[4]

Uma bula papal pedindo que os muçulmanos sejam expulsos da Terra Santa depois que a Igreja do Santo Sepulcro foi destruída em 1009 pelo califa fatímida al-Hakim bi-Amr Allah foi atribuída a Sérgio IV, embora sua autenticidade já seja um problema de debate.[6] Carl Erdmann o considerou genuíno,[7] mas foi rejeitado por Aleksander Gieysztor, que sugeriu que ele foi inventado na época da Primeira Cruzada para ajudar a justificar aquela expedição a Jerusalém.[8] Posteriormente, Hans Martin Schaller defendeu a autenticidade do documento.[9]

Morte e legado

[editar | editar código-fonte]

Sérgio morreu em 12 de maio de 1012 e foi sepultado na Basílica de São João de Latrão.[4] Embora não fosse canonizado, Sérgio às vezes é venerado como santo pelos beneditinos dos quais era membro.[10] Suspeitou-se que ele foi assassinado, pois morreu uma semana depois de Crescêncio, considerado por muitos como seu patrono. Sérgio foi seguido no papado por Bento VIII.

Referências

  1. Duchesne, p. 267.
  2. Alphonsus Ciaconius (Alfonso Chacón) (1677). Agostinus Olduinus (ed.). Vitae et res gestae pontificum romanorum: et S.R.E. cardinalium (in Latin). Tomus primus. Roma: P. et A. De Rubeis. p. 765.
  3. His epitaph, quoted by Duchesne, p. 264, states, Albanum regimen lustro venerabilis uno rexit. A lustrum is a five-year period.
  4. a b c Mann, Horace. "Pope Sergius IV." The Catholic Encyclopedia Vol. 13. New York: Robert Appleton Company, 1912. 8 November 2017
  5. «"Sergius IV", The Holy See» 
  6. Jules Auguste Lair (1899). Bulle du pape Sergius IV.: Lettres de Gerbert (in French and Latin). Paris: A. Picard et fils. pp. 1–88.
  7. Carl Erdmann (1965). Die Entstehung des Kreuzzugsgedankens. Stuttgart: W. Kohlhammer.
  8. Aleksander Gieysztor (1950). The Genesis of the Crusades: The Encyclical of Sergius IV (1009-1012).
  9. Hans Martin Schaller (1991), 'Zur Kreuzzugensyklika Papst Sergius' IV.', in: Papsttum, Kirche und Recht im Mittelalter. Festschrift für Horst Fuhrmann zum 65. Geburtstag, ed. Hubert Mordek (Tubingen 1991), 135-153 (in German).
  10. Richard P. McBrien, Lives of the Popes: The Pontiffs from St. Peter to Benedict XVI, (HarperCollins Publishers, 2000), 168.

Precedido por
João XVIII

Papa

142.º
Sucedido por
Bento VIII