Lícia Lacerda
Lícia Lacerda | |
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Lacerda em 1978 | |
Nascimento | 1946 (78 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Ocupação | carnavalesca cenógrafa artista plástica figurinista |
Principais trabalhos | Bum Bum Paticumbum Prugurundum, por Império Serrano |
Lícia Lacerda (Rio de Janeiro, 1946) é uma cenógrafa, artista plástica, figurinista e carnavalesca brasileira. Foi campeã do carnaval do Rio de Janeiro de 1982 com o enredo Bum Bum Paticumbum Prugurundum, pelo Império Serrano. Também teve passagens por Imperatriz Leopoldinense, Tradição e Estácio de Sá.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Lícia foi aluna[1] e professora na Escola Nacional de Belas Artes.[2] Na década de 1970, foi figurinista em peças de teatro junto com Rosa Magalhães.[3]
No carnaval, se juntou à equipe de Fernando Pamplona no Acadêmicos do Salgueiro para o desfile de 1971, assim como Rosa Magalhães.[4] Na época, a agremiação vermelho e branco venceu o carnaval carioca com o enredo Festa para um rei negro.[4] Em 1974, elaborou os figurinos da Beija-Flor.[5] No carnaval de 1977, estava na Portela.[6]
No carnaval de 1978, foi a responsável pela decoração do carnaval da Rua Marquês de Sapucaí junto com Rosa Magalhães, tendo feito com o tema Yes, Nós Temos Bananas.[7] Repetiram a parceria em 1981, com Passa, Passa Gavião, Passarinho, Passarão.[8]
Estreou como carnavalesca principal no carnaval de 1982, pelo Império Serrano.[9] Junto com Rosa Magalhães, assinou o enredo Bum Bum Paticumbum Prugurundum, que se sagrou o campeão daquele ano. A ideia veio de Fernando Pamplona, que queria abordar as três fases do carnaval carioca (Praça Onze, Candelária e Marquês de Sapucaí).[10] Pamplona não aceitou ser o carnavalesco da verde e branco e indicou Rosa e Lícia para a escola.[10] A agremiação terminou o carnaval como campeã, e foi a primeira vez que uma parceria feminina venceu o carnaval do Rio de Janeiro.[9][10]
No carnaval de 1984, foi para a Imperatriz Leopoldinense, onde assinou o enredo Alô Mamãe ao lado de Rosa Magalhães.[11] Fez parte do time de carnavalescos do primeiro desfile da Tradição, que estreou no quarto grupo com o enredo Pássaro Guerreiro, Xingu em 1985.[12] Venceu o carnaval daquele ano e foi campeã do desfile seguinte, com o enredo Rei Senhor, Rei Zumbi, Rei Nagô.[13]
Para o carnaval de 1987, Lícia assinou junto com Rosa o enredo O Tititi do Sapoti para a Estácio de Sá.[14] Fez seu primeiro enredo solo em 1993, com Não Me Leve a Mal, Hoje É Carnaval, na Tradição, pelo grupo de acesso.[15] A agremiação terminou com o título daquela divisão.[16]
Continuou na Tradição para o carnaval de 1994, assinando o enredo Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar.[17] A agremiação terminou em sexto lugar, que ainda é a melhor posição da escola na elite do carnaval carioca.[16]
Para o carnaval de 1995, Lícia assinou para a Tradição o enredo Gira Roda, Roda Gira, contando a história da roda e fazendo referência à Fórmula 1 e a Ayrton Senna - o piloto havia falecido no ano anterior. [18]
É creditada como autora de Do Barril ao Brasil, enredo de 1996 para a Tradição, mas Lícia deixou a escola faltando menos de um mês para o desfile, sendo substituída por Orlando Júnior.[19] O enredo sobre a cerveja traria fantasias de barris e garrafas, mas muitos componentes não gostaram das peças.[20] A agremiação terminou rebaixada para o Grupo de Acesso.[21] Desde então, Lícia afastou-se da função de carnavalesca.[22]
Em 2007, a Estácio de Sá reeditou o enredo O Tititi do Sapoti. Lícia e Rosa Magalhães foram homenageadas com uma aparição no último carro alegórico.[23]
Referências
- ↑ «Alunos de Belas-Artes se inscrevem e aplaudem a promoção do Salão do Verão». Jornal do Brasil. 26 de novembro de 1968. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Manchete (RJ) - 1952 a 2007 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Jornal do Brasil (RJ) - 1970 a 1979 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ a b «Fernando Pamplona». www.sambariocarnaval.com. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Um toque futurista no desfile tradicional». Jornal do Brasil. 18 de janeiro de 1974. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Portela». Revista Manchete (Nº 1298). 5 de março de 1977. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Mulheres mandam no carnaval». Luta Democrática. 16 de janeiro de 1978
- ↑ «Há olho grande em cima da decoração». Luta Democrática. 26 de fevereiro de 1981
- ↑ a b «Rosa Magalhães e Lícia Lacerda: "a vitória é do conjunto"». Bloch Editores. Manchete (Nº 1560). 1982. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ a b c «Da resistência inicial às primeiras mulheres campeãs». Jornal do Brasil. 3 de março de 1982. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «De passarela nova». Bloch Editores. Manchete (Nº 1652). 1983. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Os 'índios' começam a mostrar força: Carnavalescos pesquisam fantasias das tribos cantadas pela escola». O Globo. 4 de janeiro de 1985. p. 8. Consultado em 30 de maio de 2023. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2021
- ↑ «Tradição sonha em subir para o grupo 1». Jornal do Brasil. 28 de janeiro de 1987. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Ti ti ti na Sapucaí». Jornal do Brasil. 1 de março de 1987. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Grupo 1 termina desfile mais cedo». Jornal do Brasil. 21 de fevereiro de 1993. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ a b «Tradição». www.sambariocarnaval.com. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «A guerra do talento já começou». Bloch Editores. Manchete (Nº 2180): p. 37. 15 de janeiro de 1994. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Tradição». Bloch Editores. Manchete (Nº 2239). 1995. Consultado em 30 de março de 2023
- ↑ «A tradição do chope». Jornal do Brasil - Domingo. 18 de fevereiro de 1996. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Arthur Xexéo». Jornal do Brasil. 14 de fevereiro de 1996. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Caprichosos, Tradição, Ponte e Império da Tijuca caem para o Grupo de Acesso». Jornal do Brasil. 22 de fevereiro de 1996. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Lícia Lacerda: "Quero voltar fazer carnaval"». Galeria do Samba - As escolas de samba do Rio de Janeiro. Consultado em 30 de maio de 2023
- ↑ «Rosa Magalhães e Lícia Lacerda são homegeadas pela Estácio». Extra Online. 18 de fevereiro de 2007. Consultado em 30 de maio de 2023
- Nascidos em 1946
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