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Johannes Hevelius

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 Nota: Se procura pelo asteróide homônimo, veja 5703 Hevelius.
Johannes Hevelius
Johannes Hevelius
Nascimento 28 de janeiro de 1611
Danzig
Morte 28 de janeiro de 1687 (76 anos)
Danzig
Ocupação Astrônomo

Johannes Hevelius, versão alatinada do nome de batismo de Johann Hewelke, Johannes Höwelcke ou Johannes Hewel, também vertido ao polonês como Jan Heweliusz e ao português como João Hevélio[1] (Danzig, 28 de janeiro de 1611 — Danzig, 28 de janeiro de 1687), foi um conselheiro civil, prefeito de Danzig (Gdańsk) e astrônomo polaco, que ficou mundialmente conhecido como "o fundador da topografia lunar".

O comerciante e o homem público

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Hevelius nasceu em Danzig na República das Duas Nações. Seu pai era Abraham Hewelke (1576-1649) e sua mãe Kordula Hecker (1576-1655). Era uma família de ricos comerciantes de cerveja originários da Boêmia. Depois de concluir o ensino básico, Hevelius foi estudar Direito em Leida, em 1630 e viajou pela Inglaterra e França onde conheceu Pierre Gassendi (1592-1655), Marin Mersenne (1588-1648) e Athanasius Kircher (1602-1680). Em 1634, se estabeleceu em sua cidade natal e em 21 de março de 1635, casou com Katharine Rebeschke, sua vizinha dois anos mais nova que ele. No ano seguinte, Hevelius tornou-se um membro da Associação dos Produtores de Cerveja, a qual dirigiu a partir de 1643.

Ao longo de sua vida, ele participou da administração municipal, tornando-se Ratsherr (conselheiro da cidade) em 1651 e mais tarde Bürgermeister (prefeito) de Danzig.

A paixão pela astronomia

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O Quadrante Azimutal de Peter Crüger segundo Hevelius
O mapa da Lua de Hevelius

Mas foi a partir de 1639 que o interesse maior de Hevelius passou a ser a astronomia. Em 1641, ele construiu um observatório nos telhados de suas três casas geminadas, equipando-o com esplêndidos equipamentos, incluindo, por último, um telescópio construído por ele mesmo de 45 m (150 ft.) de distância focal.

Este observatório particular foi visitado pela rainha da Polônia Maria Gonzaga em 29 de janeiro de 1660 e em 1678 pelo rei polonês Jan III Sobieski. Um jovem Edmund Halley, emissário da Royal Society das qual Hevelius era um membro desde 1664, o visitou em maio de 1679.

Hevelius fez observações das manchas solares, 1642–1645, devotou quatro anos a mapear a superfície lunar, descobriu a libração da Lua em longitude e publicou seus resultados na Selenographia sive Lunae Descriptio (1647), um trabalho que lhe rendeu o título de o fundador da topografia lunar.

Quatro cometas foram descobertos por ele, nos anos de 1652, 1661 (provavelmente o mesmo do Ikeya-Zhang), 1672 e 1677. Essas descobertas o levaram a sua tese de que tais corpos estão em uma trajetória parabólica ao redor do sol.

Katharine, sua primeira esposa, morreu em 1662, e um ano depois Hevelius casou com Elisabete Koopmann, a jovem filha de um comerciante (alemão Kaufmann). O casal teve quatro filhos. Elisabete o apoiou e também publicou dois de seus trabalhos após a sua morte.

Seu observatório, instrumentos e livros foram destruídos por um incêndio criminoso em 26 de setembro de 1679. A catástrofe está descrita no prefácio de seu Annus climactericus (1685). Ele prontamente reparou os danos, a fim de poder observar o grande cometa de dezembro de 1680. Sua saúde, porém nunca foi a mesma após esse triste acontecimento e ele faleceu no dia em que festejava o seu aniversário de 76 anos, em 28 de janeiro de 1687.

Em 1683, para comemorar a vitória das forças cristãs sobre o Império Otomano comandada pelo Rei Jan III Sobieski na Batalha de Viena, ele deu o nome à recém identificada constelação Scutum Sobiescianum (escudo de Sobieski).

Hevelius tinha seu livro impresso em sua própria casa, arcando com todas as despesas e ele mesmo não apenas desenhava como também gravava muitas das placas usadas na impressão.

  • Historiola Mirae (1662), na qual ele dá o nome à periódica estrela variável da constelação de Omicron Ceti, "Mira", ou "a Maravilha"
  • Prodromus cometicus (1665)
  • Cometographia (1668)
  • Machina coelestis (a primeira parte, 1673), contém uma descrição de seus instrumentos; a segunda parte (1679) é extremamente rara, devido ao fato de que quase toda a sua edição ter sido queimada no incêndio de 1679
  • Annus climactericus (1685), descreve o incêndio de 1679 e acrescenta observações feitas por Hevelius sobre a estrela variável Mira
  • Prodromus astronomiae (1690), a publicação póstuma de seu catálogo de 1564 estrelas. Seu valor foi muito depreciado por ter sido fortemente criticado por Robert Hooke
  • Firmamentum Sobiescianum (1690), um atlas com 56 páginas, correspondendo ao seu catálogo, contém sete novas constelações delineadas por ele e que ainda hoje estão em uso (mais algumas considerações que atualmente são consideradas obsoletas)
  1. IMPÉRIO DO BRASIL (1845). Diário do Goberno. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial. p. 446 

Ligações externas

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