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Graça Aranha

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 Nota: Para outros significados, veja Graça Aranha (desambiguação).
Graça Aranha Academia Brasileira de Letras
Graça Aranha
Nascimento José Pereira da Graça Aranha
21 de junho de 1868
São Luís, MA
Morte 26 de janeiro de 1931 (62 anos)
Rio de Janeiro, DF
Nacionalidade brasileiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação Escritor e diplomata
Principais trabalhos O Espírito Moderno (1925)
Obras destacadas Canaã
Movimento estético Pré-modernismo

José Pereira da Graça Aranha (São Luís, 21 de junho de 1868Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 1931) foi um escritor e diplomata brasileiro, e um imortal da Academia Brasileira de Letras,[1] considerado um autor pré-modernista no Brasil, sendo um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.[2] A publicação do romance Canaã foi um dos grandes marcos para o nacionalismo e o pré-modernismo em especial, nos anos 1902 e 1922.

Devido aos cargos que ocupou na diplomacia brasileira em países europeus, ele esteve a par dos movimentos vanguardistas que surgiam na Europa, tendo tentado introduzi-los, à sua maneira, na literatura brasileira, rompendo com a Academia Brasileira de Letras por isso em 1924. Um aspecto importante de mencionar é que Graça Aranha é visto como o único fundador e escritor que teve uma relação com a academia brasileira de letras, sem ao menos ter publicado uma obra.

Filho de Temístocles da Silva Maciel Aranha e uma das filhas do Barão de Aracati, Maria da Glória de Alencastro Graça, cresceu em meio a uma família abastada do Maranhão.

Graça Aranha se graduou em direito pela Faculdade do Recife e exerceu cargos na magistratura e na carreira diplomática. Como diplomata, serviu em Londres, com Joaquim Nabuco, e foi ministro na Noruega, Holanda e na França, onde se aposentou.[3]

Assumiu o cargo de juiz de direito no Rio de Janeiro, ocupando depois a mesma função em Porto do Cachoeiro (hoje Santa Leopoldina), no Espírito Santo. Nesse município ele buscou elementos necessários para criar sua obra mais importante, Canaã. Esta é um marco do chamado pré-modernismo, publicada em 1902, junto com a obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Graça Aranha apresentou uma visão filosófica e artística assimilada de fontes muito diferentes e às vezes contraditórias.

A 17 de julho de 1919, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada; a 1 de março de 1920, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Cristo, ambos das ordens honoríficas portuguesas.[4]

Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, sendo um dos seus organizadores, quando pronunciou o texto A Emoção Estética na Arte Moderna, defendendo uma arte, uma poesia e uma música renovadas com algo do "Espírito Novo" apregoado por Apollinaire.[carece de fontes?] Rompe com a Academia Brasileira de Letras em 1924, a qual acusou de passadista e dotada de total imobilismo literário. Ele chegou a declarar "Se a Academia se desvia desse movimento regenerador, se a Academia não se renova, morra a Academia!".

Encontra-se colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlantida[5] (1915-1920).

  • Canaã, 1902
  • Malazarte, 1911[6]
  • A Estética da Vida, 1921
  • Espírito Moderno, 1925
  • Futurismo (manifesto de Marinetti e seus companheiros), 1926
  • A Viagem Maravilhosa, 1929
  • O meu próprio romance, 1931 (texto autobiográfico)
  • O manifesto dos mundos sociais, 1935

Referências

  1. EW, Atelaine Normann; FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro. Literatura Brasileira e Portuguesa. In: LUFT, Celso et al. Novo Manual de Português. 3. ed. São Paulo: Editora Globo, 1996. p. 336-342-343
  2. de Arte Moderna. Enciclopédia Digital Master.[ligação inativa]
  3. EW, A. N.; FILIPOUSKI, A. M. R., 1996. p. 343
  4. «Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Pereira da Graça Aranha". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de março de 2021 
  5. Rita Correia (19 de Fevereiro de 2008). «Ficha histórica: Atlantida: mensário artístico, literário e social para Portugal e Brasil» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 17 de Junho de 2014 
  6. Consentino, André Tezza. «MALAZARTE E A ESTÉTICA IRRACIONALISTA». Revista Letras da UFPR. Consultado em 5 de agosto de 2010 

Academia Brasileira de Letras

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Foi um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, titular da cadeira 38. Fundou também a escola Graça Aranha em Santa Maria de Jetibá-ES.

Ligações externas

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Precedido por
Tobias Barreto
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 38
1897 — 1931
Sucedido por
Santos Dumont