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Gibi (revista em quadrinhos)

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 Nota: Este artigo é sobre a revista de história em quadrinhos chamada Gibi. Para história em quadrinhos em geral, veja banda desenhada.
Gibi
Revista em quadrinhos
Imagem ilustrativa padrão; esse artigo não possui imagem.
País de origem Brasil
Língua de origem português brasileiro
Formato de publicação Multiplos formatos
Lançada em
*1939-1958
*1941-1963 (Gibi Mensal)
*1974-1975 (Gibi Semanal)
*1975 (Gibi Especial)
*1975-1977 (Gibi Nostalgia)
*1980 (Gibi de Ouro – Os Clássicos dos Quadrinhos)
*1993
Público alvo Crianças
Primeira publicação Grupo Globo
Gênero
Autor(es) Vários
Desenho Vários
Personagens principais Vários
Número de páginas 32 (1939)
Primeira publicação 1939

Gibi, originalmente, foi o título de uma em revista em quadrinhos brasileira lançada em 1939, publicada pelo grupo Globo. O termo gibi significava "moleque" ou "negrinho", porém, com sua popularização, tornou-se sinônimo de "revista em quadrinhos" no Brasil [1] (também conhecido como "revista de banda desenhada" em Portugal)[2]. Esse fenômeno gramatical é conhecido por metonímia.

A revista tinha formato em tabloide, eram reproduzidas em papel-jornal, com 32 páginas e custavam 300 réis. A primeira série da revista foi até o número 1739, em 31 de maio de 1950.[3]

Imagens externas
Capa da revista Gibi Nº 1.
(Link Infoglobo)

Adolfo Aizen visitou os Estados Unidos em 1931 e voltou com a ideia de implementar suplementos infantis no jornal O Globo. Inicialmente, seu projeto foi recusado. O empresário Roberto Marinho avaliou que a ideia era de alto risco financeiro. Aizen então buscou outra parceria e, em 1934, lançou o Suplemento Infantil pela editora do jornal A Nação. As vendas do jornal triplicavam nos dias de veiculação do caderno especial de Aizen.[4]

O Grupo Globo criou em 1937 O Globo Juvenil.[5] Dois anos depois, em 12 de abril de 1939, a revista Gibi foi lançada com o intuito de rivalizar com outras revistas da editora criada por Adolfo Aizen, O Guri e a Mirim. Roberto Marinho assinou um contrato de exclusividade com a King Features Syndicate e os quadrinhos que antes saíam no suplemento da concorrência migraram para as publicações do grupo Globo.[6]

O sucesso de vendas e o preço baixo fez com que a revista tivesse três edições por dia e ganhasse uma revista variante, chamada Gibi Mensal.

A primeira série da revista, a Gibi, foi até o número 1739, em 31 de maio de 1950.

A Gibi Mensal circulou de 1941 a 1963, com 271 números; e a Gibi Semanal, de 1974 a 1975, com 40 edições. Em 1975 foi lançado o Gibi Especial que teve 8 números. O Almanaque do Gibi Nostalgia durou 6 edições entre 1975 e 1977. Uma coletânea foi criada em 1980, em Gibi de Ouro – Os Clássicos dos Quadrinhos, com 6 edições.

Em outubro de 1993, a Editora Globo lançou outra revista com um título homônimo. A editora publicava periodicamente alguma revista com o título para não perder os direitos sobre ele.[7]

Características

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O Gibi teve originalmente em suas páginas tiras diárias e pranchas dominicais.[8] Eram revistas de coletâneas contendo Charlie Chan, Brucutu, Ferdinando (Família Buscapé)[9] e vários outros personagens das histórias em quadrinhos.

Embora o foco fosse as histórias em quadrinhos, a revista dedicava algumas páginas para contos, curiosidades, fatos históricos e pequenas reportagens. Todo o conteúdo da revista era de personagens e autores norte-americanos, agenciados e distribuídos por syndicates que detinham os direitos de licenciamento.[10]

Notas


  1. «Evento debate a produção de quadrinhos e lança projeto de gibiteca universitária». www.ufmg.br. Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 2 de novembro de 2024 
  2. Marcelo Naranjo. «Gibi Semanal». Universo HQ. Consultado em 12 de maio de 2010 
  3. «1939 – Gibi». Nanquim. 17 de setembro de 2009. Consultado em 5 de novembro de 2009 
  4. «Gibi, 85 anos: a história da revista de nome racista que se transformou em sinônimo de HQ no Brasil». BBC. 17 de setembro de 2009. Consultado em 5 de novembro de 2009 
  5. Sidney Gusman. «A Guerra dos Gibis». Universo HQ. Consultado em 12 de maio de 2010 
  6. «Sinônimo de quadrinhos, revista 'Gibi' surgiu há 80 anos». O Globo. Consultado em 12 de maio de 2010 
  7. Thiago Rique. «Gibi 1 - O Casamento do Fantasma». Universo HQ. Consultado em 12 de maio de 2010 
  8. Nobu Chinen. «Um Almanaque que não está mais no Gibi». Universo HQ 
  9. Alex Medeiros (17 de setembro de 2009). «75 anos de Ferdinando». Jornal de Hoje. Consultado em 5 de novembro de 2009 
  10. «Gibi, 85 anos: a história da revista de nome racista que se transformou em sinônimo de HQ no Brasil». BBC. 17 de setembro de 2009. Consultado em 5 de novembro de 2009 
Web

Ligações externas

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