Final da Copa do Mundo FIFA de 2002
Evento | Copa do Mundo FIFA de 2002 (Final) | ||||||
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Data | Domingo, 30 de junho de 2002 | ||||||
Local | International Stadium, Yokohama, Japão | ||||||
Melhor em campo | Ronaldo | ||||||
Árbitro | Pierluigi Collina | ||||||
Público | 69 029 | ||||||
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A final da Copa do Mundo FIFA de 2002 foi disputada em 30 de junho no International Stadium, na cidade de Yokohama no Japão, entre a Seleção Brasileira e a Seleção Alemã. Foi a primeira vez que as duas equipes se confrontaram numa Copa do Mundo,[1] a sétima vez que a Alemanha disputava uma final de Copa do Mundo, e a sexta do Brasil (sendo a terceira de forma consecutiva), já que em 1950 não houve uma final propriamente dita, e sim uma rodada final de um quadrangular.
Ao final de 90 minutos, o Brasil venceu a Alemanha por 2–0, com Ronaldo Nazário sendo o autor de ambos os gols. Com isso, o Brasil se tornou pentacampeão mundial, feito até hoje não igualado por mais nenhuma seleção. A Alemanha perdeu a final da Copa do Mundo pela quarta vez, mais um recorde no torneio.
O Brasil se tornou, também, a primeira equipe a conquistar a Copa do Mundo em 3 continentes diferentes (Europa, Ásia e Américas), feito igualado em 2014 pela Alemanha.
Ao vencer todos os 7 jogos dentro dos 90 minutos regulamentares, o Brasil igualou um feito somente conseguido uma única vez na história das Copas: na Copa de 1970, a Seleção Brasileira também vencera todos os seus jogos (naquela ocasião, porém, a Seleção disputou 1 partida a menos). Esse feito só aconteceu essas 2 vezes até hoje.
Foi ainda a segunda e última vez que uma Seleção chegou a terceira final consecutiva, permitindo que o lateral Cafu disputasse sua terceira final consecutiva, feito até então único e ainda não igualado por ninguém.
Caminho até à Final
[editar | editar código-fonte]Alemanha | Rodada | Brasil | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Oponente | Resultado | Fase de grupos | Oponente | Resultado | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Arábia Saudita | 8–0 | Jogo 1 | Turquia | 2–1 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Irlanda | 1–1 | Jogo 2 | China | 4–0 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Camarões | 2–0 | Jogo 3 | Costa Rica | 5–2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Classificação do grupo |
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Oponente | Resultado | Fase final | Oponente | Resultado | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Paraguai | 1–0 | Oitavas de final | Bélgica | 2–0 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Estados Unidos | 1–0 | Quartas de final | Inglaterra | 2–1 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Coreia do Sul | 1–0 | Semifinal | Turquia | 1–0 |
Detalhes da partida
[editar | editar código-fonte]Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Equipe | Aparições em finais anteriores (negrito indica vencedores) |
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Brasil | 6 (1950, 1958, 1962, 1970, 1994, 1998) |
Alemanha | 6 (1954, 1966, 1974, 1982, 1986, 1990) |
- Nota: Na Copa do Mundo FIFA de 1950 não houve uma final propriamente dita, mas sim uma rodada final de um quadrangular.
Pré-Jogo
[editar | editar código-fonte]Esta foi a quarta final consecutiva em que algum jogador estava suspenso, já que o meia alemão Michael Ballack, maior estrela da seleção alemã, recebeu cartão amarelo na semifinal contra os coreanos por uma entrada por trás em cima de Lee Chun-soo e ficou de fora da final. Ele já havia recebido um amarelo nas quartas de final.[2] Para ocupar o seu lugar no meio do campo, o técnico alemão Rudi Völler escolheu Jens Jeremies.
Por pouco o treinador da Alemanha não teve mais um jogador suspenso por cartões amarelos na final da Copa. Por um erro do árbitro que apitou Alemanha x Estados Unidos, o atacante Oliver Neuville havia recebido um cartão amarelo. Porém, a delegação alemã entrou com uma representação junto à Fifa e, com imagens de vídeo, conseguiu provar que a falta que havia sido cometida pelo reserva Jens Jeremies.[3]
O Brasil chegava à final sem desfalques ou lesionados.
Além disso, ambas equipes chegavam à final da Copa do Mundo apesar de desacreditadas antes do início da competição. O Brasil só garantiu a classificação na última rodada das eliminatórias, e a Alemanha teve de disputar a repescagem contra a Ucrânia para chegar à competição.[1]
Ronaldo foi para o jogo com um corte de cabelo à la Cascão, da turma da Mônica. Anos depois, ele afirmou, em entrevista ao jornal “The Sun”, que o corte de cabelo estranho foi uma estratégia para mudar o foco dos comentários que eram feitos sobre as condições dele a poucas semanas do mundial. “Minha virilha estava doendo. Eu estava apenas 60%. Então raspei a cabeça. Todo mundo falava apenas do meu problema físico. Quando eu cheguei para treinar com aquele corte de cabelo, todos pararam de falar da lesão”, afirmou.[4]
Resumo da Partida
[editar | editar código-fonte]A fase inicial do jogo viu a Alemanha propor um jogo e o Brasil tentando explorar situações de contra-ataque; os alemães, porém, nunca conseguiram se tornar realmente perigosos.
O primeiro chute a gol veio somente aos 20. Após linda assistência de Ronaldinho Gaúcho, o atacante brasileiro Ronaldo, cara a cara com o goleiro, chutou pra fora.
No final da primeira parte do jogo, o Brasil avançou com mais continuidade, criando várias chances de gol, incluindo um chute de Kléberson que bateu na trave, e um voleio de Ronaldo defendido pelo goleiro alemão.
O segundo tempo basicamente seguiu o mesmo roteiro com o qual o jogo havia iniciado. A primeira chance de gol da segunda etapa veio com uma cobrança de falta num chute forte do atacante alemão Neuville, o goleiro Marcos fez uma excelente defesa.
Aos 68 ', o Brasil assumiu a liderança: um chute de Rivaldo não segurado por Kahn acabou nos pés de Ronaldo, que não teve dificuldade em empurrar a bola para a rede. Aos 79 ' ainda era o fenômeno fazer o segundo gol da partida, desta vez com um chute após um corta-luz de Rivaldo em um passe no meio de Kléberson.
Depois disso, a Alemanha ainda teve uma chance, mas Marcos novamente fez uma bonita defesa. O apito final de Collina sancionou a vitória do verdeoro, que alcançou o quinto título mundial em sua história.
Ficha Técnica
[editar | editar código-fonte]30 de Junho de 2002 | Alemanha | 0 – 2 | Brasil | International Stadium, Yokohama |
20:00 |
Relatório | Ronaldo 67', 79' | Público: 69 029 Árbitro: ITA Pierluigi Collina |
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Homem do Jogo:
Bandeirinhas:
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Estatísticas
[editar | editar código-fonte]- Gerais[5]
Estatística | Alemanha | Brasil |
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Gols marcados | 0 | 2 |
Chutes | 12 | 9 |
Chute a gol | 4 | 7 |
Posse de bola | 56% | 44% |
Escanteios | 13 | 3 |
Faltas cometidas | 21 | 19 |
Impedimentos | 1 | 0 |
Cartões amarelos | 5 | 7 |
Cartões amarelos seguidos de vermelho | 0 | 0 |
Cartões vermelhos | 0 | 0 |
Pós-Jogo
[editar | editar código-fonte]Apesar de estar presente, o imperador japonês Akihito não participou da cerimônia de apresentar aos vencedores o troféu da Copa do Mundo, pois isso não fazia parte dos costumes japoneses.[6] O presidente da FIFA, Sepp Blatter, e o ex-jogador e três vezes vencedor da Copa do Mundo pelo Brasil, Pelé, entregaram o troféu ao capitão brasileiro Cafu em campo.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b bbc.com/ Brasil e Alemanha fazem tira-teima histórico
- ↑ «Depois de 20 anos, final não tem nenhum titular suspenso - 05/07/2006 - Esporte - Copa do Mundo - França». www.uol.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2022
- ↑ «Folha Online - Esporte - Alemanha perde principal jogador de criação para a final da Copa - 25/06/2002». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 5 de dezembro de 2022
- ↑ «Ronaldo Fenômeno diz que corte de cabelo de 2002 foi estratégia para jogar a Copa». Extra Online. Consultado em 5 de dezembro de 2022
- ↑ FIFA.com. «Germany - Brazil» (em inglês). Consultado em 8 de março de 2011
- ↑ San Martin, Pedro Pablo (30 de junho de 2002). «El emperador no se rebaja a dar el trofeo» [The emperor does not stoop down to give the trophy]. Diario AS (em espanhol). Consultado em 4 de junho de 2018