Sapal

Ecossistema costeiro entre a terra e a água salgada aberta que é regularmente inundada

Sapal é a designação dada às formações aluvionares periodicamente alagadas pela água salobra e ocupadas por vegetação halofítica ou, em alguns casos, por mantos de sal.[1]

Sapal durante a maré baixa, maré baixa média, maré alta e maré muito alta (maré viva).
Sapal na Ria Formosa, Algarve, Portugal

O sapal é um ecossistema de grande importância ecológica, que possui um papel preponderante no equilíbrio do ciclo de matéria orgânica numa perspectiva de produtores primários.

Contém uma enorme diversidade faunística e florística de relevo nacional e internacional, principalmente como habitat de aves aquáticas migratórias ou não (ver Convenção de Ramsar).

Existem dois tipos de sapal, um fluvial e outro marinho, formado por uma diversidade de canais anastomosados, de grande hidrodinamismo de marés, que alternam com pequenas elevações de substrato. Este biótopo encontra-se sobre a acção de diversos factores ambientais naturais, como os rápidos fluxos tidais, a constante erosão do substrato lodoso, com pequena granulometria, que fazem deste um habitat singular e selectivo. Por outro lado existem factores relacionados com a acção humana, tais como a poluição, o pisoteio, presença de infraestruturas (estradas, habitações, complexos turísticos e outros), que afectam o ecossistema a um nível superior.

Um tipo de sapal marinho das regiões tropicais é o mangal ou manguezal.

Ver também

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Referências

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