Campeonato Brasileiro de Futebol de 1999

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1999 foi a 44.ª edição do Campeonato Brasileiro e foi vencido pelo Corinthians, que conquistou o seu terceiro título brasileiro (os anteriores tinham sido em 1990 e 1998).

XLIV Campeonato Brasileiro de Futebol
Campeonato Brasileiro de Futebol da 1ª Divisão de 1999
Dados
Participantes 22
Organização CBF
Local de disputa  Brasil
Período 24 de julho22 de dezembro
Gol(o)s 710
Partidas 250
Média 2,84 gol(o)s por partida
Campeão Corinthians (3º título)
Vice-campeão Atlético Mineiro
Rebaixado(s)
Melhor marcador Guilherme (Atlético Mineiro) – 28 gols
Melhor ataque (fase inicial) Corinthians – 49 gols
Melhor defesa (fase inicial) Ponte Preta – 16 gols
Público 4 254 615
Média 17 018,5 pessoas por partida
Outras divisões
Segunda Divisão Goiás
Terceira Divisão Fluminense
◄◄ 1998 2000 ►►

Neste ano, a CBF mudou o critério de rebaixamento, determinando que cairiam para a Série B em 2000 os quatro clubes que tivessem a menor média de pontos nos campeonatos de 1998 e 1999. A complexa forma de contagem de pontos, somada às decisões do STJD no contexto do Caso Sandro Hiroshi, levaram o rebaixamento a ser questionado na Justiça comum (ver item "A Polêmica do rebaixamento", abaixo), provocando alterações profundas no Campeonato Brasileiro seguinte, realizado em módulos, não em divisões, e que recebeu a denominação Copa João Havelange.

Neste torneio de 2000, juntamente com os demais times da Série A de 1999, Gama – que, não rebaixado em campo, recorreu ao Judiciário – e Juventude disputaram o Módulo Azul,[1] considerado uma forma de primeira divisão, enquanto Botafogo-SP e Paraná disputaram o Módulo Amarelo, considerado uma forma de segunda divisão. Oficialmente, porém, existiu uma única competição de 116 clubes, os quais foram divididos em 4 módulos.

Em 2001, como todos os times do Módulo Azul ganharam vaga na Série A (incluso Gama e Juventude), Botafogo-SP e Paraná também se fizeram presentes, independentemente do desempenho anterior, dando-se então tratamento isonômico aos quatro times da não efetivada zona de descenso de 1999.

Equipes participantes

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Equipe Cidade Estado Em 1998 Estádio Títulos
Atlético Mineiro Belo Horizonte   MG Mineirão 1937, 1971
Atlético Paranaense Curitiba   PR 16º Arena da Baixada

não possui

Botafogo Rio de Janeiro   RJ 14º Maracanã 1968, 1995
Botafogo-SP Ribeirão Preto   SP 2º (Série B) Santa Cruz não possui
Corinthians São Paulo   SP Campeão Pacaembu 1990, 1998
Coritiba Curitiba   PR Couto Pereira 1985
Cruzeiro Belo Horizonte   MG Mineirão 1966
Flamengo Rio de Janeiro   RJ 11º Maracanã 1980, 1982, 1983, 1992
Gama Gama   DF 1º (Série B) Bezerrão não possui
Grêmio Porto Alegre   RS Olímpico 1981, 1996
Guarani Campinas   SP 19º Brinco de Ouro 1978
Internacional Porto Alegre   RS 12º Beira-Rio 1975, 1976, 1979
Juventude Caxias do Sul   RS 18º Alfredo Jaconi não possui
Palmeiras São Paulo   SP Parque Antártica 1960, 1967, 1967, 1969, 1972, 1973, 1993, 1994
Paraná Curitiba   PR 20º Durival Britto não possui
Ponte Preta Campinas   SP 17º Moisés Lucarelli não possui
Portuguesa São Paulo   SP Canindé não possui
Santos Santos   SP Vila Belmiro 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968
São Paulo São Paulo   SP 15º Morumbi 1977, 1986, 1991
Sport Recife   PE Ilha do Retiro 1987
Vasco da Gama Rio de Janeiro   RJ 10º São Januário 1974, 1989, 1997
Vitória Salvador   BA 13º Barradão não possui
  • Títulos listados até 1999

Fórmula de disputa

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Primeira fase: Os 22 clubes jogam todos contra todos, em turno único. Classificam-se para a Fase Final os 8 primeiros colocados.

Fase final (com quartas de final, semifinais e final): sistema eliminatório, com disputas em até três jogos (ou duas vitórias), tendo os clubes com melhor campanha o mando de campo do segundo e (se for o caso) também do terceiro jogo.

Primeira fase

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Pos. Equipes P J V E D GP GC SG % Classificação ou rebaixamento
1   Corinthians 44 21 14 2 5 49 31 +17 70 Classificados às quartas-de-final
2   Cruzeiro 42 21 12 6 3 46 32 +14 67
3   Vasco da Gama 36 21 10 6 5 33 23 +10 57
4   Ponte Preta 35 21 10 5 6 23 16 +7 56
5   São Paulo1 34 21 11 1 9 35 24 +11 54
6   Vitória 34 21 10 4 7 31 33 –2 54
7   Atlético Mineiro 33 21 10 3 8 39 30 +9 52
8   Guarani 33 21 10 3 8 31 22 +9 52
9   Atlético Paranaense 31 21 9 4 8 36 31 +5 49
10   Palmeiras 31 21 8 7 6 36 23 +13 49
11   Santos 30 21 8 6 7 25 26 –1 48
12   Flamengo 29 21 9 2 10 30 33 –3 46
13   Coritiba 29 21 7 8 6 31 29 +2 46
14   Botafogo1 26 21 8 2 11 23 37 –14 41
15   Gama 26 21 7 5 9 24 29 –5 41
16   Internacional1 24 21 7 3 11 18 26 –8 38
17   Paraná 24 21 6 6 9 23 29 –6 38
18   Grêmio 22 21 6 4 11 24 43 –19 35
19   Juventude 22 21 5 7 9 18 32 –14 35
20   Botafogo-SP 21 21 5 6 10 27 38 –11 33
21   Portuguesa 18 21 4 6 11 27 31 –4 29
22   Sport 17 21 3 8 10 14 25 –11 27

1Em função do "Caso Sandro Hiroshi", o São Paulo perdeu no tribunal os jogos contra Internacional e Botafogo, ambos por 1 a 0.

Fase final

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  Quartas de final Semifinais Final
                                   
1    Corinthians 0 2 1  
8    Guarani 0 0 1  
     Corinthians 3 2    
     São Paulo 2 1    
4    Ponte Preta 2 2 2
5    São Paulo 3 1 3  
     Corinthians 2 2 0  
     Atlético Mineiro 3 0 0  
3    Vasco da Gama 4 2 1  
6    Vitória 5 2 1  
     Vitória 0 2 0
     Atlético Mineiro 3 1 3  
2    Cruzeiro 2 2  
7    Atlético Mineiro 4 3    
Primeiro Jogo
12 de dezembro de 1999
Atlético Mineiro   3 – 2   Corinthians Mineirão, Belo Horizonte
19:10 (UTC-3)
Guilherme   15s',   27',   44'   39' Vampeta
  69' Luizão
Público: 78,382

Atlético/MG: Kléber; Bruno, Cláudio Caçapa, Galván e Ronildo; Gallo, Valdir, Belletti (Edgar) e Robert; Marques (Adriano, mais tarde Cairo) e Guilherme. Técnico: Humberto Ramos.

Corinthians: Dida; César Prates (Marcos Senna), Luciano, Márcio Costa e Kléber (Augusto); Vampeta, Rincón (Gilmar) Ricardinho e Marcelinho Carioca. Edílson e Luizão. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Segundo Jogo
19 de dezembro de 1999
Corinthians   2 – 0   Atlético Mineiro Morumbi, São Paulo
18:10 (UTC-3)
Luizão   28',   59'   90+3' Público: Não divulgado
Árbitro:   Márcio Rezende de Freitas

Corinthians: Dida; Índio, João Carlos, Márcio Costa e Kléber (Augusto); Vampeta, Gilmar, Ricardinho (Edu) e Marcelinho Carioca (Marcos Senna). Edílson e Luizão. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Atlético/MG: Velloso; Bruno, Galván, Cláudio Caçapa e Ronildo; Gallo, Valdir, Belletti (Mancini) e Robert (Adriano); Curê (Lincoln) e Guilherme. Técnico: Humberto Ramos.

Partida de Desempate
22 de dezembro de 1999
Corinthians   0 – 0   Atlético Mineiro Morumbi, São Paulo

  83' Belletti Público: Não divulgado
Árbitro:   Carlos Eugênio Simon

Corinthians: Dida; Índio, João Carlos, Márcio Costa e Kléber; Gilmar (Edu), Vampeta (Marcos Senna), Rincón e Ricardinho. Marcelinho Carioca (Dinei) e Edílson. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Atlético/MG: Velloso; Bruno, Galván, Cláudio Caçapa e Ronildo; Gallo, Valdir (Mancini), Belletti e Robert (Adriano); Lincoln (Hernani) e Guilherme. Técnico: Humberto Ramos.

Artilheiros

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Pos. Jogador Clube Gols[2]
1   Guilherme Atlético Mineiro 28
2   Alex Alves Cruzeiro 21
  Luizão Corinthians 21
3   Marcelinho Carioca Corinthians 15
4   Edmundo Vasco 13
  Dodô Santos 13
5   França São Paulo 12
  Romário Flamengo 12

Premiação

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Campeonato Brasileiro de Futebol de 1999
 
Sport Club Corinthians Paulista
Campeão
(3° título)

Classificação geral

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Pos. Equipes P J V E D GP GC SG % Classificação ou rebaixamento
1   Corinthians 59 29 18 5 6 61 38 +23 68 Fase de grupos da Copa Libertadores de 2000
2   Atlético Mineiro 49 29 15 4 10 56 40 +16 56
3   Vitória 42 27 12 6 9 41 47 –6 52
4   São Paulo2 40 26 13 1 12 45 35 +10 51
5   Cruzeiro 42 23 12 6 5 50 39 +11 61
6   Ponte Preta 38 24 11 5 8 29 23 +6 53
7   Vasco da Gama 38 24 10 8 6 40 31 +9 53
8   Guarani 35 24 10 5 9 32 25 +7 49
9   Atlético Paranaense 31 21 9 4 8 36 31 +5 49 Fase de grupos da Copa Libertadores de 20001
10   Palmeiras 31 21 8 7 6 36 23 +13 49
11   Santos 30 21 8 6 7 25 26 –1 48
12   Flamengo 29 21 9 2 10 30 33 –3 46
13   Coritiba 29 21 7 8 6 31 29 +2 46
14   Botafogo2 26 21 8 2 11 23 37 –14 41
15   Gama 26 21 7 5 9 24 29 –5 41
16   Internacional2 24 21 7 3 11 18 26 –8 38
17   Paraná 24 21 6 6 9 23 29 –6 38
18   Grêmio 22 21 6 4 11 24 43 –19 35
19   Juventude 22 21 5 7 9 18 32 –14 35 Fase de grupos da Copa Libertadores de 20001
20   Botafogo-SP 21 21 5 6 10 27 38 –11 33
21   Portuguesa 18 21 4 6 11 27 31 –4 29
22   Sport 17 21 3 8 10 14 25 –11 27

1Palmeiras, Juventude e Atlético Paranaense tinham vaga garantida na Copa Libertadores de 2000 por serem campeões da Copa Libertadores de 1999, Copa do Brasil de 1999 e Seletiva Pré-Libertadores de 1999, respectivamente.
2Em função do "Caso Sandro Hiroshi", o São Paulo perdeu no tribunal os jogos contra Internacional e Botafogo, ambos por 1 a 0.

Decisões de tribunal

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O São Paulo, por ter incluído de forma irregular o jogador Sandro Hiroshi em duas partidas, perdeu 4 pontos no tribunal, relativos à vitória de 6 a 1 contra o Botafogo (4 de agosto) e ao empate de 2 a 2 com o Internacional (10 de outubro). Pela mesma decisão do STJD, o Internacional ganhou 2 pontos e o Botafogo, 3.

A partida entre Paraná e Vasco disputada em São Januário, Rio de Janeiro, no dia 19 de agosto, não terminou. Aos 44 minutos do segundo tempo, quando o terceiro jogador do Vasco foi expulso, o então vice-presidente de futebol do Vasco — Eurico Miranda — invadiu o gramado e retirou seu time de campo. O resultado parcial de 1 a 1 foi mantido pela CBF.

A polêmica do rebaixamento

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O critério para o rebaixamento à Série B em 1999 era a média dos pontos obtidos no campeonato atual e no anterior. O sistema de promédio é comum nos demais países sul-americanos, mas nunca havia sido usado no Brasileirão.

Seriam rebaixados os clubes com as 4 menores médias. Mas, como o número de jogos na primeira fase baixou de 23 para 21 entre 1998 e 1999, era necessário fazer uma média ponderada entre as duas pontuações. A fórmula definida pela CBF para a média de pontos (MP) era:

MP = ( (P98/23) + (P99/21) ) / 2, sendo P98 a pontuação em 1998 e P99 a pontuação em 1999.

No caso de Gama e Botafogo-SP, que não disputaram o Campeonato de 1998 (já que haviam subido da Série B), a fórmula se reduzia a:

MP = P99/21

De acordo com os resultados de campo (isto é, não considerada a decisão do STJD de retirar os pontos do São Paulo nos jogos contra Botafogo e Internacional devido a problemas com o jogador Sandro Hiroshi), as médias de pontos dos clubes não classificados à fase final teriam sido (da menor para a maior):

  1. Botafogo-SP: 1,000
  2. Juventude: 1,089
  3. Paraná: 1,093
  4. Botafogo: 1,178
  5. Internacional: 1,219
  6. Gama: 1,238

Porém, com a decisão do STJD, as menores médias ficaram assim:

  1. Botafogo-SP: 1,000
  2. Juventude: 1,089
  3. Paraná: 1,093
  4. Gama: 1,238
  5. Botafogo: 1,249
  6. Internacional: 1,267

Ou seja: o Botafogo escapou do rebaixamento e o Gama-DF juntou-se a Botafogo-SP, Juventude e Paraná como rebaixado à Série B em 2000.

O clube do Distrito Federal não aceitou a decisão do tribunal e recorreu à Justiça comum. As disputas judiciais estenderam-se por meses e a CBF viu-se impedida de comandar o Campeonato Brasileiro de 2000. Ao final, o Clube dos 13 assumiu a organização do certame, que teve o nome de Copa João Havelange, com a participação de 116 clubes divididos em 4 módulos.

TABELA DO DESCENSO - CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1999
Pos Times Med M99 M98 Zona de classificação ou Rebaixamento
1   Corinthians 2.048 2.095 2.000 Permanecem na Série A de 2000
2   Cruzeiro 1.804 2.000 1.609
3   Palmeiras 1.716 1.476 1.957
4   Santos 1.606 1.429 1.783
5   Coritiba 1.604 1.381 1.826
6   Vasco da Gama 1.596 1.714 1.478
7   Atlético Mineiro 1.568 1.571 1.565
8   Vitória 1.462 1.619 1.304
9   Flamengo 1.408 1.381 1.435
10   Ponte Preta 1.399 1.667 1.130
11   São Paulo 1.396 1.619 1.174
12   Guarani 1.329 1.571 1.087
13   Atlético Paranaense 1.325 1.476 1.174
14   Grêmio 1.306 1.048 1.565
15   Portuguesa 1.298 0.857 1.739
16   Sport 1.274 0.810 1.739
17   Internacional 1.267 1.143 1.391
18   Botafogo 1.249 1.238 1.261
19   Gama 1.238 1.238 - Rebaixados à
Série B de 2000
20   Paraná 1.093 1.143 1.043
21   Juventude 1.089 1.048 1.130
22   Botafogo-SP 1.000 1.000 -

Caso Sandro Hiroshi

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Logo na terceira rodada do Brasileirão de 1999 (no dia 4 de agosto), o São Paulo goleou o Botafogo por 6 a 1 e, poucos dias depois, o alvinegro entrou com um pedido de anulação dessa partida, alegando que, em razão do bloqueio de seu passe, o atacante Sandro Hiroshi (que esteve em campo naquela goleada) teria atuado irregularmente. Esse pedido só foi julgado pela Comissão Disciplinar do TJD em 19 de outubro. Com isso, a Comissão Disciplinar tirou do São Paulo os três pontos daquela goleada e entregou-os ao Botafogo.[3]

O time paulista ainda recorreu ao TJD, alegando que havia dezenas de outros jogadores com o passe bloqueado e, consequentemente, em situação tão irregular quanto a de Sandro Hiroshi. Em julgamento realizado no dia 3 de novembro, porém, o TJD apenas ratificou a decisão da primeira instância.[3]

Posteriormente, o Internacional também ganhou da Comissão Disciplinar os pontos do seu jogo contra o São Paulo, em virtude da escalação irregular de Sandro Hiroshi. Igualmente ao Botafogo, o Internacional ganhou dois pontos, pois havia empatado o jogo contra o São Paulo. Com esses pontos, o Botafogo terminou o campeonato com média de aproveitamento superior à do Gama e acabou salvo do rebaixamento à Série B. O Internacional se salvaria do rebaixamento à Série B, mesmo se não tivesse ganho os pontos da partida contra o São Paulo.[4]

Por sua vez, o Gama, que não estaria entre os rebaixados, se os resultados conquistados pelo São Paulo dentro de campo fossem mantidos, naturalmente não aceitou a situação e foi à Justiça Comum contra a CBF, que foi impedida de realizar o Campeonato Brasileiro do ano seguinte, sendo este organizado pelo Clube dos Treze e tendo o nome de Copa João Havelange.[5]

Por não ter aceitado o seu rebaixamento à Série B em 1999, o Gama, com apoio do Sindicato dos Técnicos de Futebol do Distrito Federal e do PFL, entrou com uma ação na Justiça comum exigindo sua reintegração à Série A. Em junho de 2000, devido ao conflito de decisões entre STJD (contra o Gama) e a Justiça comum (a favor), com o processo ainda não tendo sido julgado em todas as instâncias, a CBF ficou impedida de publicar o regulamento do campeonato que deveria iniciar em seguida.

Um acordo com o Clube dos 13 foi a solução, e definiu que essa entidade organizaria um campeonato próprio, que mais tarde seria oficializado pela CBF, inclusive para definição das vagas brasileiras na Libertadores da América de 2001. Porém uma nova liminar obtida pelo Gama determinou sua inclusão no torneio.[6][7] Com o temor de uma série de liminares de outros clubes, optou-se pela unificação das três divisões em um único certame.

Mais tarde, o Gama desistiu de dar prosseguimento ao processo. A FIFA, que havia banido o Gama[8] (impedindo qualquer outro clube de disputar jogos oficiais contra o time brasiliense), também voltou atrás em sua decisão. Finalmente, a CBF ratificou oficialmente a Copa João Havelange como o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2000.

Ver também

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Referências