Bruno Giorgi
Bruno Giorgi (Mococa, 13 de agosto de 1905 – Rio de Janeiro, 7 de setembro de 1993) foi um escultor e professor brasileiro.[1]
Bruno Giorgi | |
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Os Candangos, de 1959 | |
Nascimento | 13 de agosto de 1905 Mococa |
Morte | 7 de setembro de 1993 (88 anos) Rio de Janeiro |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | escultor, pintor |
Obras destacadas | Monumento ao Padre José de Anchieta, Meteoro |
Movimento estético | arte abstrata, modernismo no Brasil |
Biografia
editarFilho de imigrantes italianos Ferdinando Giorgi e Pia Hirsch, em 1911 vai à terra de seus pais e, em Roma, dedica-se à escultura. Na década de 1920, durante o fascismo italiano, Bruno Giorgi torna-se membro da resistência e é preso em Nápoles.[1]
Participa na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos, mas, "no interesse da própria luta", permanece em Paris (1937) e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e a Ranson, tendo sido, nessa última, aluno de Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.[1]
Em 1939, de volta a São Paulo, integra-se ao movimento modernista brasileiro ao lado de Vitor Brecheret e Mário de Andrade. Trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da exposição do grupo Família Artística Paulista. Em 1942, a convite do ministro Gustavo Capanema, participou da equipe que decorou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio da Cultura), no Rio de Janeiro. Seu trabalho foi feito para o jardim do ministério, planejado pelo paisagista Burle Marx.
Na década de 1950, suas obras passaram a valorizar o ritmo, o movimento, os vazios e a harmonizar linhas curvas e formas angulares. Já no fim dessa década, Giorgi passou a usar o bronze, criando figuras delgadas, em que os vazios são parte integrante da escultura, predominando frequentemente sobre as massas. Em 1960, ele fez o Monumento ao Padre José de Anchieta, em San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, Espanha. Foi financiada pela cidade de La Laguna e pelo Governo do Brasil.[2] Na década seguinte, duas inovações apareceram em sua obra: a forma geométrica, em lugar das figuras, e o mármore branco, em lugar do bronze.[3]
Obras
editarEntre as suas obras, as mais conhecidas são "Os Candangos" e "Meteoro".[4]
- Monumento à Juventude Brasileira, 1947, nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro;
- Os Guerreiros, conhecida popularmente como Os Candangos, 1959,[5] na Praça dos Três Poderes, Brasília;
- Monumento à Cultura, 1965, na Praça Edson Luís, na Universidade de Brasília;
- Meteoro, 1968, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília;
- Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
- A Mulher de Mococa, 1983, na Praça Marechal Deodoro, em Mococa.[6]
Referências
- ↑ a b c MONTEIRO, Salvador, e KAZ, Leonel — Brasília, pgs. 28-32. Edições Alumbramento, Livroarte Editora, Rio de Janeiro (1986)]
- ↑ «Intelectuales piden el traslado al casco del Padre Anchieta» (em espanhol). LaOpinion. 25 de novembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2014
- ↑ PROENÇA, Graça, História da Arte, Editora Ática, 2010
- ↑ Secretaria de Cultura do Distrito Federal "Praça dos Três Poderes"
- ↑ «Escultura - Os Candangos, de Bruno Giorgi». Blog do Noblat. 30 de março de 2008
- ↑ «Atrações - Monumento A Mulher de Mococa - Mococa». turismo.mococa.sp.gov.br. Consultado em 30 de agosto de 2022