Antonio de Cabezón

Antonio de Cabezón (Castrillo Matajudíos, 1510 - Madrid, 26 de março de 1566) foi um organista espanhol e compositor do período da Renascença.[1]

Antonio de Cabezón
Antonio de Cabezón
Obras de música para tecla, arpa y vihuela (Madrid, 1578)
Informação geral
Nome completo Antonio de Cabezón
Nascimento 1510
Origem Castrillo Matajudíos
País Espanha
Morte 26 de março de 1566, em Madrid
Gênero(s) Barroco
Renascentista
Ocupação(ões) Compositor
Organista

Considerado um dos maiores maestros para música de teclado do século XVI, sua música tem por influência a tradicional música instrumental espanhola e a escola de Josquin des Prez.[2] Ele foi um dos primeiros compositores a utilizar a técnica composicional de Tema e Variação.[1]

Biografia

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Cego desde a infância, Antonio iniciou seus estudos no órgão na cidade de Palência, onde seu tio era vigário-geral da diocese local.[3] Em 1526, tornou-se organista e clavicordista da capela real da imperatriz Isabel[4] Em 1548, tornou-se músico de câmara de Carlos V, e de seu sucessor, Felipe II, trabalho no qual permaneceu até o fim de sua vida.[2]

Enquanto músico da côrte, Antonio teve acesso aos mais diversificados instrumentos de sua época e se apresentou nos mais diversos lugares, tocando em recepções e festas de caráter secular até solenes cerimônias religiosas.[5]

Além de músico, Antonio de Cabezón também dava aulas de música para Filipe II e às infantes, Dona Maria e Dona Juana, além de lecionar para seus próprios filhos e para pobres que não tinham condições de pagar por aulas.[6]

Trabalhando para a côrte, Antonio viajou por diversos países da Europa, o que fez com que tivesse contato com renomados músicos de sua época, como Luis de Narváez, Thomas Tallis, William Byrd e Tomás de Santa María.[1][4] Além de conhecer outros compositores, Antonio passou a ser conhecido internacionalmente e, consequentemente, a influenciar outros compositores, como os virginalistas ingleses e organistas como Giovanni Maria Trabaci e Jan Pieterszoon Sweelinck.[7]

Antonio de Cabezón morreu em 26 de março de 1566, em Madrid, e sua morte foi lamentada por toda a côrte. Em seu epitáfio, está escrito, em latim; "O primeiro organista de seu tempo, cuja fama enche o mundo".[8]

Sua obra constitui-se de 29 tientos (um tipo de Ricercar), diferencias e variações de temas seculares, cantochão, harmonizações em tons salmódicos, peças litúrgicas, danças, magnificats, glosas, algumas peças vocais e composições polifônicas baseada em obras de outros compositores, como suas variações sobre a obra de Guárdame las vacas, de Luis de Narváez.[3][1][4]

As principais publicações sobre sua obra são Libro de cifra nueva (1557), de Luys Venegas de Henestrosa, e Obras de música . . . de Antonio de Cabezón (1578), publicado por seu filho Hernando.[1][4]

Canto del Caballero, interpretação de Robert Schröter

Duuiensela, interpretação de Joan Benson

Referências

  1. a b c d e The Editors of Encyclopædia Britannica. «Antonio de Cabezón.». In: Encyclopædia Britannica, inc. Encylopædia Britannica (em inglês) 
  2. a b Candé, Roland de. (2002). Nuevo diccionario de la música. Barcelona: Grasindo. p. 58. ISBN 9788495601575 
  3. a b Antonio de Cabezón. Portal da Gravadora Naxos (em inglês).
  4. a b c d Teresa Delgado Sánchez. Antonio de Cabezón (PDF) (Relatório) (em espanhol). Madrid: Biblioteca Nacional de España 
  5. Lama, Jesus A. (2011). «Órganos y glosa en la época e Antonio Cabezón.» (PDF). Nassarre. 26: 37-78. ISSN 0213-7305 
  6. Schmitt, Stephan (2011). «Antonio de Cabezón y el comienzo de la música didáctica para tecla con valor artístico.». Anuario Musical. 66: 119-136. ISSN 0211-3538 
  7. Chase, Gilbert (1959). The Music of Spain. New York: Dover Publications. p. 66 
  8. Chase, 1959, p. 68.

Ligações externas

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