Aerofotogrametria

cobertura aerofotográfica executada para fins de mapeamento

Aerofotogrametria é o método de coleta de dados topográficos por meio de fotografias aéreas para fins de mapeamento.[1][2]

Uma aeronave equipada com câmeras fotográficas métricas percorre o território fotografando-o verticalmente, seguindo alguns preceitos técnicos como: voo estável, mantendo altitude, direção única, sobreposição entre as fotos de 60%, sobreposição lateral de 30%.[2][3]

A fotogrametria é a ciência que permite executar medições precisas utilizando de fotografias métricas. Embora apresente uma série de aplicações nos mais diferentes campos e ramos da ciência, como na topografia, geologia, astronomia, medicina, meteorologia e tantos outros, tem sua maior aplicação no mapeamento topográfico.

Inicialmente a fotografia tinha a única finalidade de determinar a posição dos objetos, pelo método das interseções, sem observar ou medir o relevo, muito embora desde 1732 se conhecessem os princípios da estereoscopia; o emprego desta tornou possível apenas observar (sem medir), o relevo do solo contido nas fotografias analisadas estereoscopicamente.

Em 1901, o alemão Pulfrich, apoiando-se em princípios estabelecidos por Stolze, introduziu na fotogrametria o chamado índice móvel ou marca estereoscópica. Então, não só foi possível observar o relevo, como medir as variações de nível do terreno.

Pulfrich construiu um primeiro aparelho que denominou "estereocomparador", e com ele iniciou os trabalhos dos primeiros levantamentos com base na observação estereoscópica de pares de fotografias utilizados em fotogrametria terrestre.

A partir de então uma série de outros aparelhos foram construídos e novos princípios foram estabelecidos, porém, para tomada de fotografias era necessário que os pontos de estação que referenciavam o terreno continuassem no solo, com todos os seus inconvenientes.

Ocorreu elevar ao máximo o ponto de estação, sendo utilizados balões, balões cativos e até "papagaios". Durante a guerra de 19141918 tornou-se imperioso um maior aproveitamento da fotogrametria, usando-se, para tomada de fotografias, pontos de estação sempre mais altos.

Com o advento da aviação desenvolveram-se câmaras especiais para a fotografia aérea, substituindo quase que inteiramente a fotogrametria terrestre, a qual ficou restrita apenas a algumas regiões. Quando são utilizadas fotografias aéreas, tem-se a aerofotogrametria.

Produtos

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Aerofotografia drone, Città Alta, Bérgamo

Ortofoto ou ortofotografia (do grego orthós: correto, exato) é uma representação fotográfica de uma região da superfície terrestre, no qual todos os elementos apresentam a mesma escala, livre de erros e deformações, com a mesma validade de um plano cartográfico

Uma ortofotografia se consegue mediante a um conjunto de imagens aéreas (tomadas desde um avião, VANT ou satélite) que tenham sido corrigidas digitalmente para representar uma projeção ortogonal sem efeitos de perspectiva, pela qual é possível realizar medições exatas, ao contrário de uma fotografia aérea simples, que sempre apresenta deformações causadas pela perspectiva da câmera, a altitude ou da velocidade com que se move a câmera. A este processo de correção digital chama-se de ortoretificação.

Ortofotomapa ou ortofotocarta[4] é um mapa produzido a partir de fotografias aéreas ou de satélite transformadas para corrigir a perspectiva de modo que pareçam ter sido tomadas a distância vertical infinita.[5]

Ver também

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Referências

  1. «Dicionário Cartográfico - Fotogrametria» (HTML). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 7 de junho de 2020. Cópia arquivada em 8 de junho de 2020 
  2. a b Caroline Faria. «Aerofotogrametria» (HTML). InfoEscola.com. Consultado em 7 de junho de 2020 
  3. «Atlas Escolar - Aerofotogrametria» (HTML). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 7 de junho de 2020. Cópia arquivada em 8 de junho de 2020 
  4. Julio Seabra Inglez Souza; Aristeu Mendes Peixoto; Francisco Ferraz de Toledo. «Enciclopédia agrícola brasileira: N-R». books.google.com . Edusp; 1995. ISBN 978-85-314-0814-4.
  5. American Congress on Surveying and Mapping, American Society for Photogrammetry and Remote Sensing (1994), Glossary of the Mapping Sciences, ISBN 9780784475706, American Society of Civil Engineers, p. 370 
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