Nicolas Poussin

pintor francês (1594-1665)

Nicolas Poussin (Les Andelys, Normandia, França, 15 de junho de 1594Roma, 19 de novembro de 1665) foi um pintor francês do período Barroco, mas por seu espírito e sensibilidade, romano por adoção. É um dos maiores representantes do classicismo do século XVII e o primeiro dentre seus compatriotas a obter fama internacional.[1]

Nicolas Poussin
Nicolas Poussin
Nicolas Poussin – Self-portrait (1650, detail). Louvre, Paris
Nascimento junho de 1594
Les Andelys (Reino da França)
Morte 19 de novembro de 1665 (70–71 anos)
Roma (Estados Papais)
Sepultamento Basílica de São Lourenço em Lucina
Cidadania Reino da França, França
Cônjuge Anne-Marie Dughet
Ocupação pintor, artista gráfico, relator de parecer, artista visual
Obras destacadas Et in Arcadia ego, A inspiração do poeta, Paisagem durante uma tempestade com Pyramus e Thisbe, As Quatro Estações, Seven Sacraments, A vitória de Josué sobre os amoritas
Movimento estético classicismo
Assinatura
Autorretrato (1650)
(Museu do Louvre, Paris)

Poussin fez sua carreira quase que exclusivamente em Roma e sob a inspiração de Rafael, deu forma ao estilo que se tornaria o modelo ideal para os pintores da segunda metade do século como Jacques-Louis David, Jean-Auguste-Dominique Ingres e Paul Cézanne.[1]

Um dos trabalhos mais famosos de Poussin é Os Pastores de Arcádia (em Galeria), uma pintura que retrata um túmulo com uma lápide enorme, onde se lê Et in Arcadia ego. O túmulo da pintura, anos após a morte de Poussin, foi encontrado nas redondezas de Rennes-le-Château, um vilarejo no sudeste da França, que fora habitado pelos visigodos e merovíngios.

O Rapto das Sabinas (em Galeria), óleo sobre tela em que as figuras modeladas estão "congeladas em ação" e muitas derivam da escultura Helenística. Ao fundo da obra, Poussin pinta reconstruções da arquitetura romana.[1]

O artista acreditava que o mais elevado objetivo da pintura era o de representar as ações humanas nobres e sérias, que deveriam ser retratadas de forma lógica enfatizando a forma e a composição. Antes de Poussin, nenhum artista estabelecera uma analogia tão rigorosa entre pintura e literatura, nem a colocara em prática de forma tão decidida. Seguindo essa concepção teórica, pintou Paisagem com o Funeral de Fócion (em Galeria), óleo sobre tela com precisão quase matemática, que ilustra o enterro de um herói grego que morreu por ter-se recusado a contar a verdade.[1]

Outras obras

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 Ver artigo principal: Lista de obras de Nicolas Poussin

Poussin e Cézanne

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A admiração de Cézanne pela arte de Poussin é bem conhecida. Lembrando as suas palavras a Gasquet – "Imagine Poussin completamente refeito: é isso o que quero dizer com clássico" – Lachman chama a atenção para a profunda dívida de Cézanne para com Poussin, particularmente na utilização do espaço pictórico por este em O Rapto das Sabinas.[2]

Poussin na literatura e no cinema

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Poussin é personagem do conto de Honoré de Balzac, "Le chef d'oeuvre inconnu" ("A obra prima desconhecida"), que também inspirou o filme La Belle noiseuse de Jacques Rivette, vencedor do Festival de Cannes de 1999.[3]

Galeria de obras

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Ver também

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Referências

  1. a b c d JANSON, H. W.; A. F. (2009). Iniciação à história da arte. São Paulo: Martins Fontes. pp. 275–276 
  2. LACHMAN, Lilach. Time, Space, and Illusion: Between Keats and Poussin, 2003.
  3. "A obra prima desconhecida" de Honoré de Balzac
 
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