Mata Roma
Mata Roma é um município brasileiro do estado do Maranhão, localizado na Mesorregião do Leste Maranhense e Micrroregião de Chapadinha. Sua população estimada em 2018 era de 16.679 habitantes.[5]
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | matarromense | ||
Localização | |||
Localização de Mata Roma no Maranhão | |||
Localização de Mata Roma no Brasil | |||
Mapa de Mata Roma | |||
Coordenadas | 3° 37′ 30″ S, 43° 06′ 39″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Maranhão | ||
Municípios limítrofes | Anapurus, Brejo, Urbano Santos e Chapadinha | ||
Distância até a capital | 280 km | ||
História | |||
Fundação | 11 de março de 1962 (62 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Besaliel Freitas Albuquerque "Besa" (PDT, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 548,411 km² | ||
População total (Censo IBGE/2010[2]) | 15 150 hab. | ||
Densidade | 27,6 hab./km² | ||
Clima | Não disponível | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[3]) | 0,567 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 63 962,481 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 4 487,97 | ||
Sítio | mataroma.ma.gov.br (Prefeitura) |
História
editarA colonização conhecida inicia-se com a concessão, por parte do Rei Dom João V, a Anna Maria Cavalcante de Albuquerque, de uma Data de Sesmaria para criação de gado bovino. Com 3 léguas de comprido por 1 légua de largo nas margens esquerda e direita do riacho Estiva (atual riacho Estrela), por estas terras, no Período Colonial, passava um antigo caminho de boiadas que ligava a Casa Forte do Iguará ao Piauí.[6]
Esta Sesmaria posteriormente foi adquirida pelo capitão Antônio Raulino Garrett (1754-1840), grande proprietário de escravos, para o cultivo de algodão.[6] A produção de algodão para exportação passou a ser a principal atividade agrícola da fazenda por toda a primeira metade do século XIX.
A fazenda Estrela foi incendiada e as finanças da família Garrett foram duramente abaladas durante a Balaiada, quando o capitão Antônio Raulino Garrett foi assassinado pelos seus escravos revoltosos, mas suas atividades agrícolas foram continuadas após o fim da rebelião.[6]
Com a movimentação em torno da grande fazenda, situada à beira do caminho da boiada, surge uma povoação denominada Arraial Estrela que, posteriormente, virou distrito de Brejo dos Anapurus e de Chapadinha. Junto a este povoado surgiu um outro povoado de nome Santa Rita, em homenagem a Maria Rita Garrett, uma das filhas do capitão Antônio Raulino Garrett.
Na segunda metade do século XIX, o alferes Antônio Bernardino Garreto, filho de Maria Rita, estabeleceu sede de sua fazenda a aproximadamente uma légua da casa de sua mãe, na mesma data de sesmaria Estiva. Esta fazenda, nomeada em homenagem a São Francisco, posteriormente seria convertida no povoado São Francisco.
Em 1942, a localidade contava com 8 casas cobertas de palha e uma de telha,[5] de propriedade de Manoel Garreto de Souza (1920-2017), neto de Antônio Bernardino Garreto. O fluxo imigratório de protestantes, verificado em 1946, contribuiu para o aumento populacional e para a mudança de seu nome para Redenção.
Sob a liderança de Manoel Garreto de Souza, o povoado ganhou importância comercial e econômica. Em 1947 foi aberta a primeira casa comercial do povoado (Firma Rodrigues & Garreto), com venda de tecidos, miudezas e gêneros da região.[7]
No final de 1947, foi criada a primeira escola do município, sob a direção da professora Maria Madalena Gomes Almeida. Em 1949, assumiu a direção da mesma o professor Guilherme Gomes Barbosa, que permaneceu como diretor até o início da década de 1960.[7] A criação da escola contribuiu para seu crescimento do povoado Redenção, pois muitas famílias migraram dos povoados vizinhos com propósito de colocar seus filhos para estudar.
A primeira tentativa de emancipação deu-se a 07 de Setembro de 1959, quando a Câmara Municipal de Chapadinha aprovou o projeto nº 07/59 elevando Redenção a categoria de cidade com o nome Newton de Barros Bello. Porém, incidentes ocorridos entre o presidente da câmara e o prefeito de Chapadinha, tornaram nulo o referido projeto.[7]
Em dezembro de 1961 a Câmara Municipal de Chapadinha aprovou, por unanimidade, o projeto de nº 12/61, concedendo novamente a emancipação política do povoado. Desta vez, nomeado Mata Roma, em homenagem ao ilustre intelectual professor José da Mata de Oliveira Roma (1896-1959), filho de Chapadinha.[7]
A criação deste município foi aprovada e sancionada na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, através do decreto lei nº 2.182 de 30 de dezembro de 1961, e pelo então governador, Newton de Barros Bello. A inauguração de Mata Roma deu-se em 11 de Março de 1962 e Manoel Garreto de Souza foi nomeado primeiro prefeito municipal e homenageado pela população como fundador da cidade.
Formação Administrativa
editarElevado à categoria de município e distrito com a denominação de Mata Roma, pela lei estadual nº 2182, de 30-12-1961, desmembrado de Chapadinha. Sede no atual distrito de Mata Roma ex-povoado constituído do distrito sede. Instalado em 11-03-1962. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Referências
- ↑ IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ a b cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/mata-roma/historico. Consultado em 15 de agosto de 2019 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ a b c GAIRO GARRETTO. GARRETT;TRAFICANTE DE ESCRAVOS. [S.l.]: EDITORA JAGUATIRICA. ISBN 8556621813. OCLC 1108716297
- ↑ a b c d www.mataroma.ma.leg.br https://www.mataroma.ma.leg.br/transparencia/historia-do-municipio-de-mata-roma-ma/historia-do-municipio-de-mata-roma-ma/view. Consultado em 15 de agosto de 2019 Em falta ou vazio
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