Manoel de Carvalho
Manoel de Carvalho Paes de Andrade (Pernambuco, 21 de dezembro de 1774 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1855) foi um político e revolucionário brasileiro. Foi o principal líder da Confederação do Equador, movimento separatista e republicano ocorrido em 1824.[2][3]
Manoel de Carvalho | |
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Nome completo | Manoel de Carvalho Paes de Andrade |
Nascimento | 21 de dezembro de 1774 Capitania de Pernambuco Brasil Colonial |
Morte | 18 de junho de 1855 (80 anos) Rio de Janeiro (Município Neutro) Império do Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Político |
Biografia
editarFilho de Manoel de Carvalho Paes de Andrade e Catharina Eugenia Ferreira Maciel Govim, Manoel de Carvalho Paes de Andrade nasceu em Pernambuco no dia 21 de dezembro de 1774. Seu pai pertencia à casa dos Paes de Mangualde (Portugal) que foi para Pernambuco com o Governador José Cezar de Menezes, na qualidade de secretário de governo. E sua mãe, filha do sargento-mor Braz Ferreira Maciel e Catharina Bernarda de Oliveira Gouvin e neta do general João de Oliveira Gouvin, era de família oriunda da Holanda.[4]
Foi mandado para Lisboa na instância de seu seu tio paterno o ouvidor José Januário de Carvalho Paes de Andrade parar concluir seus estudos, porém, refugiou-se na Ilha da Madeira em função da invasão de Portugal por tropas de Napoleão Bonaparte. Em Pernambuco, entrou para as sociedades secretas maçônicas-republicanas.[5]
Participou da Revolução Pernambucana de 1817 e se refugiou, depois de seu malogro, nos Estados Unidos da América. De volta ao Brasil, ocupou o cargo de Intendente da Marinha.
Em 13 de dezembro de 1823, após a renúncia de Francisco Pais Barreto, foi eleito provisoriamente presidente da província de Pernambuco. Em 8 de janeiro de 1824 foi confirmado como presidente pelos eleitores pernambucanos, contra as ordens do governo imperial, que havia indicado Francisco Pais Barreto para a presidência.
Apoiado por Frei Caneca, proclamou em 2 de julho de 1824 a Confederação do Equador, movimento autonomista que questionava o excessivo autoritarismo e centralismo político do Imperador D. Pedro I (1822 - 1831). Derrotada a confederação, refugiou-se na fragata inglesa "Tweed" e seguiu para Londres, onde ficou no exílio até 1831.
Presidiu novamente a província em 1834 e foi deputado geral e senador do Império do Brasil de 1831 a 1855.
Também foi coronel da Legião da Guarda Nacional.
Referências
- ↑ Coleção das Leis do império do Brasil de 1824, parte 2. (Acervo da Biblioteca da Câmara dos Deputados)
- ↑ Catálogo biográfico dos Senadores brasileiros, de 1826 a 1986 / concepção, coordenação, organização editoração: Leonardo Leite Neto - Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1986.
- ↑ «Paes de Andrade». Senado Federal. Consultado em 13 de julho de 2019
- ↑ Livro Pernambucanos Célebres, Pereira da Costa - 1881 - Pt.02 - Página 653.
- ↑ Livro Pernambucanos Célebres, Pereira da Costa - 1881 - Pt.02 - Página 653
Precedido por Francisco Pais Barreto |
Presidente da província de Pernambuco 1823 — 1824 |
Sucedido por Francisco Pais Barreto |
Precedido por Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos |
Presidente da província de Pernambuco 1831 — 1835 |
Sucedido por Francisco de Paula Cavalcanti e Albuquerque |